Valdívia decide de novo, Inter vence e confirma 1º lugar no grupo 4

Ele já havia brilhado no final de semana, na semifinal do Gauchão, e nesta quarta-feira (22) fez a diferença outra vez. Valdívia saiu do banco de reservas e marcou o gol da vitória do Internacional diante do The Strongest, no Beira-Rio. Sem a mesma atuação convincente dos jogos recentes, dando margem para o visitante pressionar, o Colorado garantiu vaga nas oitavas de final da Libertadores com um modesto 1 a 0. Mas como primeiro colocado do grupo quatro.

A vitória foi construída no primeiro tempo e com grande influência de Valdívia, que substituiu o lesionado Jorge Henrique. Na etapa final, toda a intensidade usada para pressionar os bolivianos sumiu. O futebol, como um todo, ficou longe daquele apresentado contra a Universidad de Chile, em Santiago, quando o placar foi de 4 a 0. Mas mesmo assim foi importante.

Com 13 pontos, o Inter aguarda os demais jogos da última rodada para saber seu adversário nas oitavas de final. O time treinado por Diego Aguirre pode até terminar com a terceira melhor campanha, se o Corinthians perder para o São Paulo. No Equador, o Emelec venceu a Universidad de Chile por 2 a 0. Dois gols de Milller Bolaños. Com o resultado, a equipe bicampeã equatoriana chegou aos 10 pontos e superou o próprio The Strongest, que ficou com nove e está fora. O time chileno encerrou a fase com apenas três pontos e na lanterna da chave.

Fases do jogo: O número de chutes a gol pode resumir o primeiro tempo do jogo em Porto Alegre. Enquanto o Internacional finalizou nove vezes, o Strongest não concluiu nenhuma vez. Jogando dentro do campo defensivo dos bolivianos, o Colorado demorou a encontrar espaços, para infiltrar, mesmo contando com um Eduardo Sasha outra vez voluntarioso.

A retranca dos visitantes foi ruir de vez depois que Jorge Henrique – com dores na coxa direita, deu lugar a Valdívia. A velocidade e intensidade dele casaram e transformaram o confronto. Fez o Inter aumentar a pressão e indicar que era questão de tempo o primeiro gol. O próprio meia ensaiou com um chute de dentro da área defendido por Vaca e chegou lá aos 40 minutos.

D’Alessandro, discreto no jogo, achou Sasha pela direita e ele executou um belo cruzamento. Valdívia infiltrou, como ninguém havia feito no Colorado até então na partida, e desviou de primeira. A força do toque liquidou qualquer chance de defesa. Placar aberto com justiça.

No segundo tempo, o Inter voltou dispersivo. Acomodado. E o desleixo, com erros de saída de bola e passes enforcados, deu ao Strongest a chance de empatar. Chumacero saiu cara a cara com Alisson, mas chutou em cima do goleiro. Sorte do time gaúcho. A limitação técnica do rival também ajudou o time a escapar. Escobar, Ramallo e Chumacero de novo tiveram oportunidades para marcar, mas não conseguiram.

O melhor: Valdívia - mudou o jogo entrando na vaga de Jorge Henrique. Deu velocidade e intensidade para o Inter chegar ao gol antes do intervalo. No segundo tempo, foi quem mais tentou a segunda bola na rede.

O pior: D'Alessandro - nem de longe lembrou o meia cerebral e decisivo que sempre é. Com erros simples e crassos, argentino deu ao The Strongest sua melhor chance na partida e sentiu o momento ruim. Foi apático como raras vezes se viu.

Chave do jogo: velocidade - com Sasha, Valdívia e Nilmar e o Inter conseguiu dificultar as coisas para o retrancado The Strongest. Foi em uma jogada de contra-ataque rápida, com desarme feito na intermediária, que o gol de Valdívia aconteceu e mudou o confronto.

Toque dos técnicos: Diego Aguirre repetiu o time que venceu e convenceu contra a Universidad de Chile - deixando D'Alessandro pelo centro. Mas antes dos 20 minutos precisou tirar Jorge Henrique e botar Valdívia. O problema virou solução e a mexida deixou o time mais rápido, agudo e criativo. Na lateral direita, o improvisado Ernando não comprometeu.

Já Juan Carlos Paz García não teve vergonha de se fechar desde o primeiro segundo. Com duas linhas de quatro, o Strongest deixava Escobar flutuando entre os meias e o centroavante Ramallo. Compactado, o time da Bolívia resistiu bravamente, mas sem apetite ofensivo deu campo para o Inter se jogar todo ao ataque.

FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 1 X 0 THE STRONGEST

Data: 22/04/2015 (quarta-feira)
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre
Público: 41.009 (37.190  pagantes)
Renda: R$ 1.589,300.00
Árbitro: Enrique Caceres (PAR)
Auxiliares: Milciades Salvidar (PAR) e Dario Gaona (PAR)
Cartões amarelos: Valdívia (INT); Marteli, Torrico, Centurión (STR)
Gols: Valdívia, aos 40 minutos do primeiro tempo

INTERNACIONAL: Alisson; Ernando, Paulão, Juan e Geferson; Rodrigo Dourado, Aránguiz, Eduardo Sasha (Alex), D’Alessandro e Jorge Henrique; Nilmar (Rafael Moura)
Técnico: Diego Aguirre

THE STRONGEST: Vaca; Torrico, Marteli, Centurión, Cabrera e Castro (Cuesta); Veizaga, Chumacero, Soliz (Melgar); Escobar e Ramallo
Técnico: Juan Carlos Paz García