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Inter fecha dois meses invicto e consolida estilo de jogo de Aguirre

Inter tem 16 jogos de invencibilidade e sofreu apenas oito gols neste período - Alexandre Lops/Divulgação Inter
Inter tem 16 jogos de invencibilidade e sofreu apenas oito gols neste período Imagem: Alexandre Lops/Divulgação Inter

Do UOL, em Porto Alegre

07/05/2015 06h00

O empate com sabor de derrota no estádio Independência, mas cara de vitória (pelos dois gols marcados como visitante) faz o Internacional chegar a 16 jogos sem derrota na temporada. O equivalente a dois meses de invencibilidade. Neste período, Diego Aguirre abafou a contestação interna e partiu rumo ao título estadual. Mas o placar de 2 a 2 em Belo Horizonte, contra o Atlético-MG, foi a última prova para o técnico consolidar o estilo de trabalho.

A estratégia de rodar o elenco alcançou o ápice justamente no jogo mais decisivo do ano. D’Alessandro, com desgaste físico, foi barrado do time, ficou no banco. Ao lado de Valdívia, eleito craque do Gauchão e destaque das últimas partidas. A jogada ensaiada era deixar a dupla como carta na manga para o segundo tempo e ela deu certo. O plano foi, ao mesmo tempo, um sinal de que nem o líder dos líderes tem lugar cativo.

"Ele confirmou neste jogo que confia em todo mundo. Quando o jogador não está 100% e não aguenta 90 minutos, ele não escala. O D’Ale entrou e fez o jogo dele, antes foi com o Alex", disse o zagueiro Juan. "Surpresa (a ausência de D'Alessandro no time titular) não foi, vocês estão vendo o que o Diego tem feito", completou.

Da vitória por 3 a 0 em cima do Aimoré-RS, que abriu a atual série sem derrotas, até o empate por dois gols no Horto, o Inter deu um salto gigantesco. Com mais intensidade, compactação e sendo letal na marcação pressão. Foi com ela que o time liquidou com a Universidad de Chile – partida, aliás, que virou deu o estalo para a guinada. Na base dos contra-ataques, o Colorado arrasou o Grêmio na finalíssima do Gauchão e só passou por tensão nos últimos minutos do clássico por relaxamento próprio. Com a mesma arma usada antes, o time encaixotou o Atlético-MG e saiu muito vivo do alçapão mineiro.

O foco contrário ao nome de Aguirre na diretoria foi obrigado a se calar. A sequência de vitórias, que antes eram magras e com altos e baixos, ganhou corpo. Forma. Deu esperança. E aliada ao retrospecto de invencibilidade no Beira-Rio, é um trunfo para garantir vaga nas quartas de final da Libertadores. Em casa, o Colorado não perde há mais de seis meses.

No final de semana, diante do Atlético-PR na estreia do Brasileirão, o time será quase todo reserva. O rodízio será aplicado mais uma vez, para deixar a equipe com capacidade de aplicar a intensidade exigida por Aguirre. Com fôlego suficiente para comprovar o estilo de jogo e sustentar os números que acompanham o técnico. Até aqui, o Colorado dirigido pelo treinador uruguaio disputou 27 partidas. Com 16 vitórias, nove empates e duas derrotas. Marcando 44 gols e sofrendo 22.