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5 coisas provam que 'novo rico' da Colômbia pode surpreender o Inter

Omar Pérez, 34 anos, é um dos destaques do time sensação na Colômbia - AP Photo/Bruno Magalhaes
Omar Pérez, 34 anos, é um dos destaques do time sensação na Colômbia Imagem: AP Photo/Bruno Magalhaes

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

20/05/2015 06h00

Semifinalista da Libertadores de 2013, o Independiente Santa Fe tem bons argumentos para tentar surpreender o Internacional. Nesta quarta-feira (20), os colombianos recebem o Colorado no jogo de ida das quartas de final do torneio e confirmam a nova fase vivida por um clube que chegou a ficar 37 anos sem conquistar nenhum título.

Após o jejum, o Santa Fe já conquistou cinco taças e se reestruturou. Ergueu um CT próprio, assinou contratos para lá de gordos com patrocinadores e tem a fama de melhor pagador no atual futebol colombiano. Uma espécie de ‘novo rico’ que ainda conta com um argentino experiente criado dentro do Boca Juniors. Confira os cinco pontos que credenciam o adversário do Inter.

‘Novo rico’ da Colômbia – após receber auxílio do governo para parcelar dívidas fiscais, por meio da chamada Lei 550 da Colômbia, o Santa Fe entrou em uma era de investimento alto no futebol. Em 2009, o clube inaugurou um CT próprio, que custou cerca de 2 milhões de dólares, e tem uma folha salarial que gira perto dos 700 mil dólares.  No começo da gestão, o presidente César Pratana ajudou o clube com dinheiro do próprio bolso, mas agora as contas de patrocínio garantem a saúde financeira do Santa Fe. Além disto, as verbas por participações em torneio internacionais – Libertadores e Sul-Americana, renderam a fama de clube que melhor paga no país. Superando os também tradicionais Atlético Nacional de Medellín, e América de Cali.

Omar Perez – o meia argentino, revelado pelo Boca Juniors no começo dos anos 2000, é a grande referência técnica do time. Se o Inter tem D’Alessandro, o Santa Fe tem Perez. No clube desde 2009, ele é quem dita o ritmo da equipe em campo. Fora dele, trata Riquelme como um segundo pai. Os dois foram colegas na Bombonera, mas o histórico enganche se tornou conselheiro do camisa 10 do Santa Fe. “Aprendi muito no Boca, no começo é sempre difícil. Pela posição em que joga, pelo estilo, o Riquelme é como um pai mesmo. Mas também tive outros que me ajudaram muito. Como Córdoba, Serna e Bermudes”, disse Perez ao jornal AS da Colômbia, citando o Boca Juniors de 2000.

Wilson Morelo – velocista, atacante joga pelos lados do campo e já marcou quatro gols na Libertadores (três deles em um jogo só, contra o Colo-Colo). Aos 27 anos, foi personagem da campanha do Santa Fe no campeonato colombiano do ano passado – quando fez 10 gols. É uma das armas do técnico Gustavo Costas para acossar os adversários dentro e fora de casa.

Altitude e histórico – o Independiente Santa Fe sabe que para ter chance de repetir 2013, e chegar à semifinal, precisa vencer em casa. Por isto, o El Campín é um trunfo contra o Inter. Localizado em Bogotá, 2640 metros acima do nível do mar, o estádio tem cara de caldeirão mesmo sem possuir pequenas dimensões. A pressão da torcida fecha com o histórico do Colorado diante de colombianos. Até hoje, o time gaúcho só venceu uma das oito partidas que fez contra adversários da Colômbia na história da Libertadores. Foi em 2012, no Beira-Rio, diante do Once Caldas, por 1 a 0.

Gustavo Costas – argentino, ex-zagueiro do Racing Club, o técnico foi trazido no começo de 2014 após uma temporada sem títulos no Santa Fe (o que mostra o atual nível de exigência do clube colombiano). Faturou o título nacional e confirmou histórico de conquistas recentes, que já tinha conquistado o campeonato paraguaio com o Cerro Porteño e o equatoriano com o Barcelona de Guaiaqui.