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Colombiano custa mais de R$ 1 milhão por jogo ao Cruzeiro. Valeu a pena?

Duvier Riascos esteve em campo pelo Cruzeiro em apenas três oportunidades na atual temporada - Washington Alves/Light Press
Duvier Riascos esteve em campo pelo Cruzeiro em apenas três oportunidades na atual temporada Imagem: Washington Alves/Light Press

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

20/05/2015 06h05

Riascos figurou entre os relacionados de Marcelo Oliveira para o jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores da América contra o River Plate, da Argentina, marcado para esta quinta-feira, às 22h, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Todavia, o colombiano que custou US$ 1 milhão (cerca de R$ 3 milhões à época), de acordo com uma pessoa ligada aos seus empresários, não tem presença garantida no confronto e, inclusive, pode deixar a Toca da Raposa II em breve.

Botafogo e Vasco desejam contar com o centroavante em seus elencos. O vencimento de cerca de R$ 150 mil, contudo, é um grande empecilho para que ele se transfira para o Rio de Janeiro, onde os clubes vivem um drama financeiro. Outro obstáculo é a intenção do jogador de seguir na capital mineira.

“Sei que eles (dirigentes do Cruzeiro) estão buscando uma equipe para o Duvier (Riascos). Ele quer permanecer em Belo Horizonte, mas se ele não for colocado para jogar, não dá para seguir no clube”, disse Didier Riascos, irmão do jogador, ao UOL Esporte.

Contratado junto ao Monarcas Morelia, do México, por desejo do presidente Gilvan de Pinho Tavares e avalizado por Marcelo Oliveira, o centroavante, de 28 anos, disputou apenas três partidas desde que chegou à Toca da Raposa II, o que gera ao Cruzeiro um gasto superior a R$ 1 milhão por jogo do atacante – incluindo o valor desembolsado pelo atleta (aproximadamente R$ 3 milhões) e o salário que se aproxima de R$ 150 mil.

A pouca utilização do atacante é justificada pelo bom momento de Leandro Damião, artilheiro do time na temporada com 13 gols em 19 partidas. Mesmo com a média de 0,68 bola na rede por jogo do camisa 9 titular, Didier cobra uma chance ao irmão que ganhou notoriedade no Brasil devido à passagem pelo Tijuana, também do México.

“Se ele (técnico Marcelo Oliveira) gosta (do Riascos), por que não o coloca para jogar com mais frequência? Não dá para entender. Ele tem raríssimas oportunidades no Cruzeiro”, declarou o parente do jogador.

Apesar da indignação do irmão de Riascos com a comissão técnica, Marcelo Oliveira sempre esboçou confiança no futebol do atacante colombiano. Logo após o anúncio da contratação do atleta, o treinador enalteceu o trabalho realizado por ele em outras equipes.

“As imagens que tenho dele são as melhores, um jogador experiente, já jogou fora de seu país, na seleção e na Libertadores. É competitivo, que se movimenta muito. Foi um desejo do presidente, eu aprovei e agora vai chegar para somar com os outros”, afirmou.