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Cruzeirense revela violência após vitória sobre River: 'nos apedrejaram'

Ônibus da torcida do Cruzeiro é apedrejado no trajeto entre o Monumental de Nuñez e o Aeroporto de Buenos Aires - Arquivo pessoal
Ônibus da torcida do Cruzeiro é apedrejado no trajeto entre o Monumental de Nuñez e o Aeroporto de Buenos Aires Imagem: Arquivo pessoal

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

22/05/2015 18h26

Os brasileiros que foram a Buenos Aires para assistir ao jogo entre Cruzeiro e River Plate, da Argentina, pelas quartas de final da Copa Libertadores da América, passaram por apuros no caminho de volta do estádio Monumental de Nuñez. A aproximadamente dez minutos do aeroporto, um dos dois ônibus que levavam os cruzeirenses para casa foi apedrejado. Duas pessoas ficaram feridas, conforme relato de uma testemunha.

Ao término do jogo, a Polícia Federal da Argentina escoltou os automóveis utilizados para a condução de torcedores brasileiros. A poucos quilômetros do Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, em Ezeiza, cidade vizinha de Buenos Aires, os agentes de segurança retornaram ao centro da capital e deixaram os cruzeirenses seguirem viagem, mas na estrada havia uma emboscada armada por nativos.

Beto Carvalho, produtor de eventos, foi ao local para acompanhar a partida de seu clube do coração e estava no ônibus que foi apedrejado. Ele conta ao UOL Esporte o que aconteceu no retorno.

“A gente saiu, a escolta da Polícia Federal foi perfeita, não deixou ninguém se aproximar. O sistema de segurança excelente. Eles foram nos levando. Eram três ônibus, um com a delegação e dois de torcedores. A gente estava indo em direção ao aeroporto. Tinha muito torcedor mexendo com a gente e a escolta não deixou ninguém se aproximar. Eles foram até um limite de município e pararam, porque pensaram que estava tranquilo já”, declarou.

“Tinha um carro parado na estrada e começaram a apedrejar. O vidro que estava do meu lado estilhaçou e cortou o supercílio de um torcedor. Cortou um pouco o supercílio e, no vidro de trás, a pedra entrou no ônibus e pegou no rosto do torcedor. Não pegou em cheio, porque amorteceu no contato com o vidro”, acrescentou.

Questionado sobre a possibilidade de um boletim de ocorrência, o produtor de eventos conta que devido à agressividade do fato, eles optaram por não parar: “O pessoal ficou com medo de parar e estava perto do aeroporto. Deu 10 minutos e a gente chegou ao aeroporto”, concluiu.

As imagens do ônibus apedrejado contrastam com o que ocorreu nos arredores do estádio Monumental de Nuñez, onde a polícia argentina intensificou o esquema de segurança por conta dos problemas ocorridos no jogo entre River Plate e Boca Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores.