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Cruzeiro saiu da Libertadores em casa em 8 das últimas 9 participações

Carlos Sánchez comemora gol do River Plate contra o Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores - EFE/ Paulo Fonseca
Carlos Sánchez comemora gol do River Plate contra o Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores Imagem: EFE/ Paulo Fonseca

Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

28/05/2015 14h38

Estádio lotado, público animado, confiança em demasia e um final trágico. O cenário visto na noite dessa quarta-feira, no Mineirão, após a derrota para o River Plate, da Artgentina, é conhecido para a torcida do Cruzeiro. Em nove participações na Copa Libertadores da América desde o título de 1997, a equipe mineira sofreu oito eliminações desta forma. A única exceção é a queda para o São Paulo, em 2010, quando deixou a competição internacional após um revés por 2 a 0 no Morumbi.

A história recente do clube tem mostrado que a presença da torcida não tem sido um aliado tão bom para o time de Belo Horizonte. A primeira eliminação após a segunda conquista do torneio ocorreu em 1998. Após perder para o Vasco por 2 a 1 em São Januário, o elenco comandado por Levir Culpi à época empatou por 0 a 0 no Mineirão e deu adeus à competição nas oitavas de final.

O Cruzeiro voltou a amargar uma eliminação dentro de seus domínios em 2001. Depois de um empate com o Palmeiras por 3 a 3 no antigo estádio Palestra Itália, uma nova igualdade no Gigante da Pampulha – por 2 a 2 – levou a decisão das quartas de final para a disputa de pênaltis. Nas cobranças, o time de São Paulo levou a melhor e venceu por 4 a 3.

No ano seguinte à conquista da Tríplice Coroa, em 2003, a expectativa da torcida era muito grande na luta pela Copa Libertadores da América. Entretanto, a equipe que tinha em Alex a sua principal estrela acabou fracassando nas quartas de final. Após derrota para o Deportivo Cali, na Colômbia, por 1 a 0, o campeão nacional da época venceu por 2 a 1 no Mineirão e acabou eliminado nos pênaltis, quando perdeu por 3 a 0.

O retorno do Cruzeiro à Libertadores ocorreu somente quatro anos mais tarde. O Boca Juniors, da Argentina, foi o responsável por tirar o time comandado por Adilson Batista naquele período. O time de Buenos Aires venceu os dois jogos válidos pelas oitavas de final. O primeiro ocorreu em La Bombonera e o segundo foi disputado no Gigante da Pampulha. Ambos terminaram 2 a 1 para os xeneizes.

O ano seguinte ao revés para o Boca Juniors foi ainda pior para o time mineiro. A derrota voltou a acontecer dentro de casa, mas desta vez, na finalíssima. Após o empate por 0 a 0 com o Estudiantes, da Argentina, em La Plata, a expectativa era grande em relação ao título. No entanto, o time de Alejandro Sabella, capitaneado por Juan Sebastián Verón, alcançou um triunfo histórico, por 2 a 1, no Mineirão.

As eliminações em casa não pararam por aí. O Cruzeiro enfrentou o Once Caldas, da Colômbia, em 2011, nas oitavas de final. O time de Cuca chegou a ser comparado com o Barcelona por conta da forma adotada pelo treinador. Entretanto, depois de vencer fora de casa por 2 a 1, acabou derrotado na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, por 2 a 0 e assistiu à celebração do adversário.

No ano passado, a equipe mineira voltou a ser eliminada em seus domínios. O único representante do Brasil nas quartas de final do torneio foi derrotado pelo San Lorenzo, da Argentina, no estádio Nuevo Gasómetro, por 1 a 0, e no confronto de volta, no Mineirão, empatou por 1 a 1, o que acarretou na classificação do time do Papa.

Nessa quarta-feira, o Cruzeiro voltou a ser eliminado em casa durante a fase de mata-mata da Libertadores. Depois de vencer o River Plate, por 1 a 0, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. A expectativa da torcida era grande, mas o time acabou goleado, por 3 a 0, em pleno Mineirão.