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Cenário de 2016 complica sonho do Palmeiras de avançar na Libertadores

Palmeiras venceu o Rio Claro por 3 a 0 na primeira fase do Paulistão - Cesar Greco/Ag Palmeiras
Palmeiras venceu o Rio Claro por 3 a 0 na primeira fase do Paulistão Imagem: Cesar Greco/Ag Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

11/04/2016 06h00

A situação do Palmeiras já está complicada para conseguir a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores. Mas um retrospecto da equipe na temporada 2016 deve dificultar ainda mais a vida do time na próxima quinta-feira.

Vamos ao mais simples (e provável) cenário para o Palmeiras: se tudo der certo, o Nacional, já classificado para a próxima fase, vence o Rosario Central por 1 a 0 e dá esperanças ao torcedor palmeirense. Com isso, a equipe alviverde precisaria bater o River Plate do Uruguai, já eliminado, por um placar de 3 a 1 para igualar os primeiros critérios de desempate, superar os argentinos nos gols como visitante e avançar às oitavas. E é aí que está o problema.

O Palmeiras já fez 22 jogos nesta temporada, sendo dois amistosos e outros 20 divididos entre Libertadores e Paulista - 13 sob o comando de Marcelo Oliveira e outros nove com Cuca. Se pegarmos todas essas partidas, podemos observar que a equipe só marcou mais de três gols em apenas quatro desses jogos, sendo que um deles ainda terminou empatado.

Ou seja, apenas em 18% dos duelos deste ano o time conseguiu fazer o que hoje é considerado o básico para que o Palmeiras continue sonhando com uma possível classificação na Libertadores.

Para piorar a situação, Cuca ainda tem problemas para escalar o setor ofensivo do Palmeiras. Gabriel Jesus, um dos principais nomes do ataque alviverde, está suspenso, já que foi expulso de maneira infantil no último jogo da equipe na Libertadores, e Dudu, que se recupera de um problema na coxa, é dúvida para a partida.

O técnico sabe que a situação na competição continental é delicada, pede respeito ao já eliminado River do Uruguai e tranquilidade aos jogadores e torcedores.

"Agora temos que saber administrar e lidar com essa ansiedade. Não podemos ficar criando uma expectativa em todos. Vamos trabalhar internamente, respeitando o rival e sendo humilde. Sei que o torcedor vai nos empurrar, mas temos também que entender que será preciso paciência para tocar a bola e furar o bloqueio deles, não podemos rifar a bola e muito menos fazer com que a pressa se torne um inimigo", disse Cuca após a vitória sobre o Mogi Mirim neste domingo.

Fernando Prass, goleiro e capitão do Palmeiras, é outro que faz questão de frisar a importância da equipe se concentrar apenas em sua partida. "Precisamos fazer bem nosso trabalho para depois não lamentar qualquer coisa, imagina se a gente não consegue o mínimo em casa e no outro jogo dá tudo certo?", completou.