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São Paulo nega superlotação em setor do acidente no Morumbi

Adriano Wilkson

Do UOL, em São Paulo

12/05/2016 17h03

O São Paulo negou que o setor do anel inferior do Morumbi cuja grade cedeu derrubando 16 torcedores estivesse superlotado. Especulava-se que a estrutura poderia estar sobrecarregada, hipótese refutada nesta quinta-feira (12).

De acordo com a assessoria de comunicação do clube, o setor, destinado ao camarote da Conmebol, foi projetado para comportar 500 pessoas. No acidente da noite da última quarta (11), durante a comemoração do gol contra o Atlético-MG, pelas quartas da Libertadores, havia 441 ao todo - dentro da capacidade, portanto.

O São Paulo afirmou ainda que todos os torcedores do setor portavam ingresso e que dos 500 bilhetes entregues pelo clube, 59 foram devolvidos. A Conmebol costuma ceder as entradas a empresas parceiras e patrocinadoras da Libertadores.

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta, o vice-presidente de comunicação e marketing do clube, José Francisco Manssur, comentou as causas do acidente no Morumbi.

"O São Paulo não se isenta nem se atribui da responsabilidade pelo que aconteceu", disse o cartola. "Estamos esperando laudos oficiais saírem para ter certeza dos fatos. Quando eles saírem vamos ver as adaptações sugeridas e vamos fazê-las, não tem jeito."

O clube informou também que, além de esperar os órgãos oficiais, contratou duas empresas que vão fazer seus próprios laudos e sugerir adaptações.

Anel inferior parcialmente interditado

Toda a primeira fileira do anel inferior do Morumbi foi interditada pela Defesa Civil, decisão acatada pelo São Paulo. "Se houvesse jogo amanhã, ninguém poderia sentar nas cadeiras da primeira fileira. A segurança estará orientada a impedir a aproximação de pessoas nessa fileira", disse Manssur.

A próxima partida do São Paulo no estádio está marcada para o dia 22 deste mês, pelo Brasileiro.

Mais cedo nesta quinta, o São Paulo já havia informado que três dos 16 acidentados passariam por procedimento cirúrgico. Suas lesões incluem fraturas. Uma das vítimas é um garoto de aproximadamente 11 anos. O clube disse que arcará com o custo das três cirurgias.

Das outras quatro pessoas que haviam sido encaminhadas para hospitais na zona sul da capital, duas estão internadas e duas receberam alta.