Derrotas e exibições ruins. Como Aguirre ficou pressionado no Atlético-MG
“Muita tristeza, porque era o sonho de todos, trabalhamos muito para poder passar, poder avançar e as coisas que aconteceram, não podemos chegar ao objetivo. Estamos tristes, porque estivemos muito perto”, foi assim que Diego Aguirre abriu a coletiva após o jogo com o São Paulo, que pode ter sido a última no comando do Atlético-MG.
A vitória por 2 a 1 não foi suficiente para o time seguir na Copa Libertadores. O gol sofrido no Independência fez a diferença e o rival tricolor avançou à semifinal após o 2 a 2 no placar agregado. A eliminação dentro de casa só aumentou a pressão em Diego Aguirre, como o próprio presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, revelou na saída do estádio.
“Não era o que a gente esperava, de jeito nenhum. O elenco que está não condiz com os resultados. Agora é pensar no que fazer no futuro. Vou para casa e isso a gente decide depois”.
A declaração de Nepomuceno só revelou a insatisfação da diretoria com o trabalho do treinador, algo que a torcida já demonstrou em outras oportunidades, nas cadeiras do Independência. A eliminação na Libertadores apenas elevou ao ápice a frustração do atleticano com o futebol apresentado pelo time em 2016.
Veja alguns pontos que tornam a continuidade do trabalho de Diego Aguirre bastante questionada por parte da torcida alvinegra.
Derrotas
São oito derrotas em 31 partidas. Marca que já superou toda a temporada 2012, por exemplo, quando o Atlético perdeu somente sete vezes. Alguns dos resultados negativos são marcantes, especialmente na última rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro, quando a equipe atleticana perdeu por 4 a 2 para o Tricordiano, que lutava contra o rebaixamento.
Escalações
‘Professor Pardal’ é o termo utilizado para o treinador que inventa demais. E assim Aguirre é tratado por parte da torcida e até da imprensa, já que sempre utiliza algum jogador fora de posição. A constante presença de Patric no meio ou até mesmo no ataque, é a principal marca das escalações do uruguaio, que chegou a escalar dois laterais direito na final do Mineiro, contra o América-MG.
Caso Cazares
O meia equatoriano, de 24 anos, chegou à Cidade do Galo cercado de expectativas, tamanho foi a briga que o Atlético comprou para tirar o jogador do Banfield. Destaque nos primeiros jogos, Cazares foi perdendo espaço aos poucos. O ponto alto do sumiço do jogador foram as partidas contra o Racing e o São Paulo, ambas pela Libertadores, quando o meia sequer ficou no banco de reservas, mesmo sem Aguirre ter outro armador à disposição. O fato de Diego Aguirre não usar o jogador regularmente é outro ponto bastante cobrado pela torcida.
Campanha no Mineiro
Definitivamente o Campeonato Mineiro de 2016 não vai deixar nenhuma saudade no torcedor do Atlético. A campanha que terminou com o vice-campeonato não foi das melhores. Somente sete vitórias em 15 partidas, com mais quatro empates e quatro derrotas. Uma delas para o rival Cruzeiro, no Independência. Para completar a campanha considerada ruim, o Atlético ficou com o vice-campeonato ao perder a final para o América-MG, mesmo com a vantagem de jogar por dois empates. Derrota por 2 a 1 no primeiro jogo e empate em 1 a 1 no confronto de volta, resultados que tiraram o que seria o quinto título estadual em sete anos.
Rendimento abaixo do esperado
Ainda está quente e vivo na memória do atleticano o jogo dessa quarta-feira, com o São Paulo. O começo foi avassalador, com dois gols em apenas 11 minutos. Resultado que era suficiente para o Atlético avançar à semifinal. Mas o gol do São Paulo mudou o rumo da partida. É verdade que o time mineiro até conseguiu criar algumas chances, mas longe de ser uma pressão no adversário. Mas nada perto do que se imaginava para o Atlético em 2016. Com um elenco farto, especialmente no setor ofensivo, o time de Aguirre deixou a desejar e pagou caro por isso. Está eliminado da Copa Libertadores, o grande objetivo da temporada.
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