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Presidente do Atlético revela que final única na Libertadores é um teste

Presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, participou da reunião que definiu mudanças na Libertadores - Reprodução/Twitter
Presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, participou da reunião que definiu mudanças na Libertadores Imagem: Reprodução/Twitter

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

28/09/2016 19h33

Na terça-feira a Conmebol divulgou algumas novidades sobre a próxima Copa Libertadores. Entre as principais mudanças está a decisão em apenas uma partida, num estádio previamente escolhido, assim como acontece no continente europeu, nas decisões da Copa dos Campeões e da Liga Europa. No entanto, a decisão única em 2017 é tratada como uma experiência, como revelou o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, que participou da reunião realizada na sede da Conmebol.

“A equipe do Alejandro (Dominguez, presidente da Conmebol) deixou bem claro que será um ano experimental. Foi apenas a primeira redação, tudo vai ser discutido ainda nas próximas semanas”, disse Nepomuceno, que também é o presidente da Comissão Nacional de Clubes.

Além de um jogo único na final da Libertadores, outras mudanças relevantes foram o aumento dos clubes participantes, de 38 para 44, e também o período de disputa. O principal torneio do futebol da América do Sul vai começar em fevereiro e terminar em novembro.

 Antes da partida entre Atlético e Juventude, pelas quartas de final da Copa do Brasil, no Mineirão, o mandatário alvinegro comentou alguns pontos sobre a próxima Libertadores e como isso vai interferir na temporada dos clubes brasileiros. Presente nas últimas quatro edições, o Atlético foi campeão da América na temporada 2013 e está muito próximo de garantir presença pela quinta vez consecutiva.

Participação na reunião

Estive na Conmebol tratando de outros assuntos, quando o presidente (Alejandro Dominguez) me chamou para participar da reunião. Como presidente da comissão de clubes, a gente discute calendário, a gente discute o melhor formato, principalmente pela questão econômica. Para fazer um campeonato mais atrativo e para que os clubes (sul-americanos) tente chegar mais próximo dos clubes da Europa. Foi uma reivindicação nossa ao presidente da Fifa, que os campeonatos estavam muito distantes e precisava ter alguma reformulação. Foi apresentado um novo modelo e eu gostei muito. É uma solução viável para todos os países. Está na hora de valorizar a Libertadores e a Conmebol deu o primeiro passo, como deseja todos os clubes que disputam o torneio.

Opinião da CBF

A CBF estava presente com o Reinaldo (Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol) e o Fernando Sarney (vice-presidente da CBF) também. Gostou da proposta e abraçou a Conmebol. Sabe que para o futebol brasileiro é muito importante, mas pediu cautela. Uma vez que o Campeonato Brasileiro já é longo e a Copa do Brasil também precisaria de uma reformulação.

Cotas de televisão

Desde que o Alejandro (Dominguez) assumiu a presidência da Conmebol, ele tem sido muito transparente com os clubes, abriu todos os contratos. Ele está discutindo com as televisões, para que praticamente todo o valor seja repassado aos clubes. E o que é muito importante, cada país com sua cota, que são valores distintos. Desde a posse, ele tem se mostrado preocupado em levar a Conmebol para outro nível e deixar tudo muito transparente.

Final única

Eu gosto, acho que a tradição muda um pouco. A Libertadores, da forma que foi apresentada, ela foi aumentada em três datas. Você aumenta o período de disputa, mas somente com três datas a mais. E o que foi usado como explicação para todos, é que em 70% dos times que fizeram o segundo jogo em casa foram campeões. É uma forma também de fomentar nas novas arenas, fomentar as cidades que querem participar, querem contribuir. A equipe do Alejandro deixou bem claro que será um ano experimental. Foi apenas a primeira redação, tudo vai ser discutido ainda nas próximas semanas.

Ficar fora da Copa do Brasil

Mas quem falou que vai ficar fora? Primeira pressão como Atlético é que o campeonato seja o ano inteiro, para não passar isso que estamos passando. É evidente que a Libertadores na temporada inteira e com as finais no final do ano, além do Campeonato Brasileiro, tem que ter uma mudança na Copa do Brasil.