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Dorival explica porque vetou Ricardo Oliveira e cobra torcida do Santos

Dorival escalou Vladimir Hernández no lugar de Ricardo Oliveira nesta quarta-feira - AP/Juan Karita
Dorival escalou Vladimir Hernández no lugar de Ricardo Oliveira nesta quarta-feira Imagem: AP/Juan Karita

Do UOL, em Santos (SP)

17/05/2017 22h49

Após o empate do Santos contra o The Strongest por 1 a 1, nesta quarta-feira, em La Paz, em jogo que garantiu a classificação santista para as oitavas de final da Copa Libertadores da América, o técnico Dorival Júnior explicou porque vetou o atacante Ricardo Oliveira da equipe titular. O treinador optou por iniciar o jogo com Vladimir Hernández no lugar do capitão santista.

Ricardo Oliveira ficou no banco de reservas no primeiro tempo, mas passou mal devido a altitude de 3.660 m de La Paz e foi para o vestiário na segunda etapa.  

“O Ricardo, a princípio, não entraria jogando. Foi uma definição para tirar o homem de referência e povoar mais o meio de campo. A equipe do The Strongest penetra muito por dentro com troca de passes e triangulações, geralmente é o homem de dentro que faz isso e com um homem a mais flutuando poderíamos neutralizar o início dessas jogadas”, afirmou Dorival.

“É uma equipe que tem uma coordenação muito boa, que faz movimentações muito interessantes e tentávamos repovoando mais o meio neutralizar isso. Infelizmente, já no banco ele passou muito mais, não se sentindo bem foi para os vestiários. Agora já está mais recuperado, mas é natural que precisaremos de cuidado para ver o que aconteceu”, completou.

Dorival exaltou bastante a garra da equipe santista que buscou um empate após jogar com um jogador a menos desde os 22 minutos do primeiro tempo, devido à expulsão do atacante Bruno Henrique. O treinador, inclusive, cobrou a torcida santista. Para ele, os torcedores precisam valorizar mais a sua equipe.

“Primeiro que tenho a satisfação de estar a frente de uma equipe guerreira. Uma equipe que há dois anos vem mostrando para todo o Brasil a volúpia, vontade e determinação. Uma equipe de jovens, mas que acima de tudo que assume uma condição de luta pelos seus objetivos de uma maneira limpa e digna, isso tem acontecido ao longo desse período e fico muito contente de estar a frente de uma equipe tão guerreira e tão vibrante porque buscar um resultado frente a uma grande equipe, frente a altitude e acima de tudo com uma arbitragem mais do que infeliz, sinceramente, é para poucas equipes. E o torcedor do Santos tem que saber valorizar o que essa equipe vem fazendo ao longo de todo esse período e principalmente na noite de hoje. Honrou essa camisa que é uma das mais vitoriosas do futebol mundial”, explicou.

“Foi a superação e concentração de um grupo. Nós estávamos determinados a buscarmos o melhor resultado possível mesmo reconhecendo a força da equipe adversária, a qualificação dessa equipe que nas últimas partidas marcou mais de 25 gols, sofreu um ou dois. E de repente essa equipe aos 21 minutos fica com um jogador a mais dentro do seu campo esperando o torcedor e conseguimos com uma força sobrenatural buscar esse ponto que foi importantíssimo para todos nós. Esse é o espírito que todos nós queríamos, que a equipe vem tendo ao longo desse período a frente do clube, completando quase dois anos. Fico feliz de estar dirigindo uma equipe tão guerreira, vibrante e determinada em busca de grandes resultados”, concluiu.

Como Santa Fe e The Strongest se enfrentam na última rodada, o Santos garantiu a classificação pelo menos na segunda colocação do grupo. No entanto, a equipe santista não depende de ninguém para garantir a primeira colocação primeira colocação: basta vencer o Sporting Cystal na próxima semana, na Vila Belmiro.