Atlético-PR alega contrato com o Coritiba e indica Couto à Conmebol
A polêmica segue. Em nota oficial, o Atlético Paranaense informou que possui um contrato com o Coritiba quanto ao uso do Estádio Couto Pereira, denominado “Contrato de Cessão Onerosa Temporária de Uso de Praça Esportiva", e que, nas palavras da nota, “não tem nenhum ‘plano b’”. Desta forma, o clube oficiou à Conmebol o Couto Pereira como o local da partida contra o Santos pelas oitavas de final da Copa Libertadores, na quarta-feira dia 5 de julho, às 19h30. O Coritiba confirma a existência desse contrato.
Logo pela manhã a realização do jogo no Couto Pereira foi confirmada à reportagem do UOL Esporte por uma fonte ligada as partes mas, com a reação negativa de torcedores do Coritiba, a diretoria voltou atrás e decidiu desfazer o acordo citado nessa matéria, externando seus motivos em nota oficial.
O UOL Esporte teve acesso aos termos do contrato, com oito páginas e 23 cláusulas, assinado em 9 de setembro de 2015 por Rogério Portugal Bacellar, presidente do Coritiba, Fernando Mendes Cabral, então executivo do Coxa, Mario Celso Petraglia, presidente do conselho deliberativo do Atlético, e Mauro Moreira Alves, diretor de patrimônio. No contrato há a afirmação de que “o Coritiba concorda em ceder o Estádio Coritiba ao Atlético na partida contra o Grêmio, assim como em outras partidas em que possa haver a necessidade do CAP, observando, para tanto, a reciprocidade em favor do CFC, sempre que tais cessões não conflitem com as partidas e eventos em ambos os estádios”.
Em nota, o Atlético afirma que “Acreditando no cumprimento do contrato assinado por parte do Coritiba, o Atlético comprometeu-se em receber os jogos das finais da Liga Mundial de Vôlei masculino. Havia o risco de conflito de agenda entre o Mundial de vôlei e algum jogo da Conmebol Libertadores Bridgestone – o que de fato depois se verificou. O risco de conflitos de agenda, importante insistir, estava assegurado com o contrato previamente firmado com o Coritiba” e indicou apenas o Couto Pereira como estádio para a partida contra o Santos, anexando o contrato no pedido.
O Coritiba alega que alguns requisitos previstos em contrato e que deveriam ser cumpridos estão indisponíveis, como a qualidade do gramado, que já está em reforma. A reforma ficará pronta até 2 de julho, quando o clube receberá o Vasco pelo Brasileirão. O Coxa alega ter relatórios de engenharia que indicam que o gramado modificado não suportaria uma nova partida três dias depois, o que inviabilizaria o empréstimo, amparado nesse item do contrato, mantendo a posição publicada mais cedo.
Além disso, o Coritiba entende que o termo "indeterminado" citado em contrato se referia ao termo de reciprocidade, ou seja, sem prazo para que o Coxa use a Arena em troca da locação firmada à época.
O contrato ainda prevê que a rescisão do acordo “poderá ser feita em comum acordo pelas partes ou em razão de inadimplência parcial ou total de qualquer obrigação”, após notificação com prazo mínimo de 5 dias úteis de antecedência, com previsão de indenização para a parte eventualmente prejudicada. Os clubes não descartam discutir o contrato na Justiça nos próximos dias.
A Conmebol ainda não confirmou oficialmente o local do jogo entre Atlético e Santos, mas já oficiou a CBF, pedindo que ela intervenha junto ao Coritiba pedindo colaboração.
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