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Com dois brasileiros, adversário do Atlético-MG tem elenco pouco badalado

Zagueiro Alex Silva é um dos dois brasileiros no modesto elenco do Jorge Wilstermann - Ronny Santos/Folhapress
Zagueiro Alex Silva é um dos dois brasileiros no modesto elenco do Jorge Wilstermann Imagem: Ronny Santos/Folhapress

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

04/07/2017 16h44

A chegada do Atlético-MG em Cochabamba mexeu com a cidade boliviana. Campeão da Libertadores há quatro anos, a equipe mineira desembarcou no país chamando atenção com seu elenco repleto de estrelas, sendo Robinho e Fred os maiores alvos da imprensa local. Em um cenário completamente distinto, o Jorge Wilstermann, adversário desta quarta-feira, tentará surpreender o clube da melhor campanha na fase de grupos. Para isso, contará com outra dupla de brasileiros, mas bem menos badalada: um já bem conhecido do torcedor, mas que tenta recuperar o bom futebol longe do Brasil, e outro recém-chegado que quer mostrar serviço para despontar na carreira.

Há três semanas, o Jorge Wilstermann contratou o armador Carlinhos. Revelado pelo Vasco, Carlinhos ganhou o apelido de "Novo Felipe", mas ainda não conseguiu engrenar como profissional. O meia já passou pelo Figueirense, Paysandu e estava no Macaé antes de mudar de país. Além disso, o jogador de 27 anos já se acostumou a encontrar o Atlético pelo caminho. No início do ano, o meia vestiu a camisa da URT, de Patos de Minas, e enfrentou o Galo por três vezes durante o Campeonato Mineiro, saindo com o empate por uma ocasião e perdendo os outros dois compromissos.

Além de Carlinhos, o Jorge Wiltermann possuiu outro jogador brasileiro em seu plantel, este mais conhecido no cenário nacional. Com passagens pelo São Paulo, Flamengo e Cruzeiro, o zagueiro Alex Silva se transferiu para o clube boliviano nesta temporada e é um dos titulares da equipe.

Bicampeão brasileiro com o São Paulo, Alex Silva viveu o auge da sua carreira no tricolor, mas não conseguiu dar sequência ao bom futebol nas equipes seguintes como o Hamburgo, da Alemanha, Flamengo e Cruzeiro. Desde 2013, rodou por equipes menores como o Boa Esporte, São Bernardo e Brasiliense, até que se transferiu para o Jorge Wilstermann na atual temporada.

Apesar de ter terminado o campeonato boliviano na décima colocação, em um total de 12 clubes, o Wilstermann já mostrou que pode ser perigoso principalmente dentro dos seus domínios. Os 2560 metros de altitude da cidade de Cochabamba não se comparam aos mais de 3500 da temida La Paz, ajudam a formar um componente a mais da invencibilidade dos anfitriões em casa. Nos três jogos que defendeu no estádio Félix Capriles, os mandantes somaram 100% de aproveitamento contra Peñarol (6 a 2), Atlético Tucumán (2 a 1) e Palmeiras (3 a 2).