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Roger vê Atlético-MG fora de sua característica em derrota na Bolívia

Roger Machado comanda o Atlético-MG contra o Jorge Wilstermann pela Libertadores - Aizar Raldes/AFP
Roger Machado comanda o Atlético-MG contra o Jorge Wilstermann pela Libertadores Imagem: Aizar Raldes/AFP

Do UOL, em Belo Horizonte

06/07/2017 00h51

Na derrota por 1 a 0 para o Jorge Wilstermann, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, no Estádio Felix Capriles, em Cochabamba, o Atlético-MG teve muita dificuldade para criar jogadas. De acordo com o site da Conmebol foram 13 finalizações, mas o único lance de grande perigo foi uma cabeçada de Rafael Moura na trave, já aos 45 minutos.

Assista ao gol da derrota do Atlético-MG

O que foi muito pouco para o Atlético, como o próprio técnico Roger Machado admitiu. Na visão do treinador, sua equipe deixou de lado a maneira como costuma jogar para atuar de modo semelhante ao Jorge Wilstermann.

“Nosso erro fundamental e determinante, especialmente no primeiro tempo, foi que depois do início, que conseguimos nos aproximar para jogar, tendo em vista que o adversário joga muito com bola lançada, passamos a fazer o jogo deles. Sempre brigando pela primeira e pela segunda bola, fugindo da nossa característica e dando a vantagem nesse tipo de jogo para o adversário”, comentou Roger Machado, que considerou o segundo tempo menos ruim do que foi o primeiro.

“Já no segundo tempo, com as mudanças, conseguimos nos aproximar um pouco mais e tivemos mais a bola. Entramos no campo do adversário e conseguimos uma bola na trave, com o Rafael Moura, que poderia nos dar o empate. Mas foi pouco, principalmente pelo equívoco de igualar o jogo com bola áreas e bolas de disputa. Não estamos muito próximos para fazer esse tipo de jogo”.

De acordo com o treinador atleticano, alguns pontos explicam essa mudança na forma de jogar da equipe. A pouca movimentação dos homens de frente, além da distância entre os jogadores dentro do campo são alguns dos motivos para o Atlético apelar para o passe mais longo e para os lançamentos.

“A gente não trabalha para fazer esse tipo de jogo. As bolas eram lançadas, na pressão dos atacantes nossos zagueiros tinham poucas opções de passe, quando conseguia chegar no volante, nossos jogadores de frente estavam com pouca movimentação para a gente conseguir chegar tabelando e conduzindo a bola para dentro do campo do adversário”, analisou Roger Machado, que também falou do gramado do Estádio Félix Capriles.

“O gramado era grande. Estava bem tratado, mas era irregular. Fugimos da característica do nosso jogo, com os jogadores de frente muito longe. Tínhamos que dar passes longos, o que é mais difícil. Foi o grande problema do primeiro tempo. Corrigimos um pouco no segundo tempo, mas já com o adversário em vantagem”.

Como perdeu por 1 a 0, o Atlético precisa vencer o jogo da volta por dois ou mais gols de diferença para avançar às quartas de final da Libertadores. A vitória por 1 a 0 leva a decisão dava para a disputa de pênaltis. Qualquer outro resultado dá a classificação para o Jorge Wilstermann. O jogo está marcado para o dia 9 de agosto, no Independência, em Belo Horizonte.