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Presidente do Atlético desabafa e cobra: "vaga na Libertadores é obrigação"

Bruno Cantini/Atlético
Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Enrico Bruno e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

10/08/2017 01h01

Cerca de uma hora após o Atlético-MG ser eliminado pelo Jorge Wilstermann, nas oitavas de final da Copa Libertadores, o presidente do clube mineiro, Daniel Nepomuceno, deu uma coletiva e tratou como obrigação do time uma classificação para a próxima edição do torneio continental. Assista aos melhores momentos da eliminação do Galo.

Após o empate sem gols, no Mineirão, o Galo caiu nas oitavas de final da Libertadores, já que o primeiro jogo, na Bolívia, terminou 1 a 0 para o Jorge Wilstermann. Mesmo pouco tempo após o vexame em casa, diante de mais de 35 mil torcedores, Daniel Nepomuceno já colocou mais pressão sobre os jogadores, tratando uma vaga na Libertadores de 2018 como obrigação, não como uma meta.

“É obrigação. Não tem como essa equipe ficar fora do G-6. Não tem desculpa jogar quarta e domingo. Temos de aproveitar esse calendário favorável. Por tudo o que aconteceu de errado, temos tudo para ficar entre os seis primeiros”, disse o mandatário alvinegro, repetindo o discurso de outras ocasiões, mas que não deu certo, como na decisão da Copa do Brasil do ano passado.

Com um dos elencos mais caros do país, que começou a temporada recheado de expectativas, o Atlético vai terminar o ano apenas com o título do Campeonato Mineiro. Muito pouco para quem investiu tanto. De acordo com Daniel Nepomuceno, a eliminação diante do Jorge Wilstermann foi uma surpresa para ele.

“Quem não esperava sou eu, por todo o investimento feito. Tenho que agradecer quem esteve no Mineirão, apoiando até o último segundo. Em nenhum momento, ele deixou de acreditar. Não fujo da responsabilidade. Se tiver erro de planejamento, mesmo no ataque, mesmo na reposição. Se for levantar alguns pontos. É evidente que tivemos várias falhas, mas não de planejamento. A gente pensava em montar uma equipe que ficou desequilibrada e está pagando caro. O elenco estava unido e teve entrega ao novo treinador. Não quero lamentar e sim pegar a responsabilidade. Tivemos responsabilidade mesmo não vencendo e este ano frustra plenamente por tudo o que foi feito. A todo momento, corria atrás de um jogador e recebia aplausos”.

Com 23 pontos em 19 rodadas, o Atlético precisa fazer um segundo turno de líder para se garantir na próxima Libertadores e disputar o principal torneio da América do Sul pela sexta vez consecutiva. Entre 2006 e 2016, apenas uma vez o sexto colocado fez mais de 60 pontos, em 2014, com o Fluminense. Portanto, o Galo teria de somar 37 pontos neste segundo turno, para não depender de outros resultados para garantir presença na próxima Libertadores. Uma campanha superior à do Santos neste primeiro turno, que foi o terceiro colocado, com 35 pontos conquistados.