Topo

Histórico é favorável, mas Grêmio queria vantagem maior contra o Lanús

REUTERS/Diego Vara
Imagem: REUTERS/Diego Vara

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

23/11/2017 08h29

O Grêmio tem a história ao seu lado e diz que saiu satisfeito. Mas queria uma vantagem melhor diante do Lanús-ARG, na final da Copa Libertadores. Depois de vencer o jogo de ida por 1 a 0, na noite de quarta-feira, o Tricolor focou todo o vestiário em reclamar da arbitragem e pouco falou sobre o escore que arrancou.

Clique aqui para ver os melhores momentos e o gol da vitória do Grêmio no primeiro gol da final

Apenas em duas oportunidades o Grêmio se deu mal depois de vencer o primeiro jogo, quando o duelo era válido por torneios sul-americanos.

América de Cali, em 1996, e Santa Fe, em 2013, são os únicos times que conseguiram reverter o confronto depois de perder o primeiro jogo em Porto Alegre. Ambas as equipes são colombianas.

“O mais importante é que a gente saiu com a vitória, importante. Poderia ter sido melhor, mas vamos trabalhar e vamos correr atrás deste título”, resumiu o goleiro Marcelo Grohe.

O lamento é interno e se baseia na estratégia que Renato Gaúcho sempre defende. Criar o melhor cenário possível no primeiro jogo do mata-mata, seja onde for o confronto. Dentro ou fora de casa. A prova máxima dessa ideia está na campanha do Tricolor na Copa do Brasil do ano passado, quando em todas as fases sob o comando do ex-atacante o time abriu vantagem, mesmo que por uma diferença mínima como a obtida na final da Libertadores.

“A vantagem é enorme”, opinou Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio. “O mais importante foi que conseguimos uma vantagem. Muita gente acha que é mínima, mas é uma boa vantagem. É uma final. O Lanús não chegou por acaso. Eu sabia que seria truncado... Precisávamos sair com qualquer vantagem. Conseguimos fazer o gol. Temos a vantagem, o Lanús precisará sair para o jogo e será totalmente diferente”, declarou Renato Portaluppi.

O Grêmio sonhava com um placar maior também pelo histórico do Lanús como mandante. Diante do San Lorenzo o ‘granate’ perdeu por 2 a 0 e reverteu com um triunfo pelo mesmo placar e a vitória nos pênaltis por 4 a 3. Na semifinal, a virada foi ainda mais dramática. O time perdeu o jogo de ida para o River Plate por 1 a 0, chegou a estar perdendo por 2 a 0 na segunda partida, mas conseguiu se superar e ganhou por 4 a 2.

Grêmio e Lanús-ARG voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, 29, na grande Buenos Aires. Com um empate dentro do estádio La Fortaleza o time gaúcho fica com o título.

Reclamação contra arbitragem pauta jogo

Após a partida de quarta-feira, a reclamação contra o árbitro tomou conta dos vestiários. O pleito do Grêmio está centrado em três lances. Dois pênaltis, um em cada etapa, e mais o cartão amarelo aplicado em Walter Kannemann, que faz o zagueiro ser desfalque no segundo jogo da decisão.
 
O primeiro pênalti reclamado pelo Grêmio foi em lance com Ramiro, quando o camisa 17 invade a área e se choca com dois adversários. A segunda penalidade ocorreu com Jael, nos minutos finais da partida. O centroavante é deslocado com um toque por trás quando a bola estava no ar.