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Drama com Grêmio de 2007 virou lição para Mano não subestimar Libertadores

Apesar do vice em 2007, Mano passou aperto com o Grêmio na fase de grupos - Eduardo Valente/Light Press
Apesar do vice em 2007, Mano passou aperto com o Grêmio na fase de grupos Imagem: Eduardo Valente/Light Press

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

26/02/2018 04h00

Sem saber o que é ser campeão da Libertadores, Mano Menezes bateu na trave e quase sentiu esse gostinho com o Grêmio em 2007. Apesar do vice-campeonato para o Boca Juniors naquele ano, muitos não lembram do aperto que o tricolor passou para se classificar ainda na fase de grupos. Uma década mais tarde, o drama serve hoje de lição para o treinador que comanda Cruzeiro, forte candidato ao título, mas que tem pela frente a tarefa de não se deixar levar pelo favoritismo dado ao seu clube na competição. O primeiro desafio celeste será nesta terça-feira contra o Racing.

Em 2007, o Grêmio iniciou a fase de grupos ao lado dos colombianos Cúcuta e Tolima, além do conhecido Cerro Porteño, do Paraguai. Terceiro colocado no Brasileirão anterior, o Grêmio chegou ao torneio continental como franco favorito do grupo, mas só se garantiu no mata-mata faltando pouco mais de 20 minutos para o término do último jogo.

"Às vezes, olhamos as nomenclaturas, esperamos alguma coisa, mas quando começa a disputa é outra história. Disputei com o Grêmio e nosso grupo era com o Tolima, Cúcuta e Cerro Porteño. Ninguém sabia quem era o Cúcuta, o Tolima era relativamente novo na Libertadores. Então todo mundo deu o grupo como barbada, mas nos classificamos no segundo tempo do último jogo contra o Cerro dentro de casa. Não existe facilidade, quem pensa que pode encontrá-las, pode ter surpresas. Já tivemos equipes brasileiras que saíram na fase de grupos. Sabemos que não dá para facilitar em nada. E a nossa estreia já será uma amostra do que será isso", falou recentemente o técnico Mano Menezes.

O jogo citado por Mano aconteceu em abril de 2007 ainda no antigo estádio Olímpico. Com apenas sete pontos em cinco jogos, o Tricolor precisava da vitória na última partida para se classificar. O adversário era o Cerro Porteño, que tinha a mesma pontuação e lutava apenas por um empate. No outro jogo da chave, o Cúcuta venceu o Tolima e garantiu uma das vagas para as oitavas. Por 70 minutos, Mano suou frio com a possibilidade cada vez mais perto de uma eliminação precoce. Até que, aos 24 minutos do segundo tempo, Everton saiu do banco e marcou o gol do alívio.

A estreia do Cruzeiro na Libertadores será às 21h30 (horário de Brasília) no estádio Presidente Perón, também conhecido como El Cilindro, em Avellaneda, casa do Racing. A semana ainda promete ser quente para a Raposa, que fará o clássico contra o Atlético-MG no final de semana. Pelo torneio continental, o Cruzeiro voltará a entrar em campo apenas no dia 4 de abril, recebendo o Vasco no Mineirão.

"Nossa estreia será em um jogo bastante complicado para a gente, porque o Racing vem jogando um bom futebol e fazendo vitórias em sequência, como a gente. Temos que fazer um bom jogo lá para mostrar um cartão de visitas para os nossos adversários. É o que nós queremos neste primeiro momento", comentou o treinador, após a vitória contra o Boa, no último sábado.