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Carille diz que analisará lance de expulsão de Sheik: "Deve ter errado"

Carille evitou falar sobre Sheik, que foi expulso por agressão ao argentino Sánchez Miño - Daniel Vorley/AGIF
Carille evitou falar sobre Sheik, que foi expulso por agressão ao argentino Sánchez Miño Imagem: Daniel Vorley/AGIF

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

03/05/2018 00h28

O treinador Fábio Carille evitou responder em duas ocasiões ao ser perguntado do cartão vermelho de Emerson Sheik. Jogador mais velho do elenco do Corinthians, ele entrou em campo aos 33 minutos do segundo tempo na derrota por 2 a 1 para o Independiente e, por agredir o argentino Sánchez Miño sem bola, acabou expulso. Carille preferiu analisar o lance antes, como faz habitualmente.  Clique aqui para ver os gols da partida.

"Vou ver o lance para depois comentar", disse Carille após a primeira pergunta.

Diante da insistência de outro repórter, que perguntou se uma possível punição a Sheik seria tomada por ele, Carille chamou a responsabilidade. Mas não falou a respeito: "o que tem que ser feito passa por mim e não diretoria. Quando falo em ver é para saber se foi provocado ou não, se foi agressão ou não. Aconteceu a falta, reclamamos a falta e estava tendo a confusão. Ele deve ter errado. Vou fazer de tudo para ver o lance e depois tomar uma decisão", comentou.

Na análise sobre o jogo, Carille condenou a postura do time. "Não podemos entrar sonolentos como nesse jogo. Os primeiros minutos, principalmente, foram bem abaixo. É muito ruim [perder em casa]. Colocamos mais um time na briga. Lideramos nossa chave, agora é buscar o resultado fora e depois a decisão em casa", disse. "Estar concentrado é nosso DNA. Entramos abaixo. Estávamos abaixo fisicamente, tínhamos que ter igualado na concentração", emendou.

Carille também falou sobre os desfalques - além de Fagner, Renê Júnior e Ralf, o treinador perdeu Clayson por seis semanas. "A vida do técnico é feita de desafios. Para domingo, certo que vou fazer muitas mudanças. Quais, ainda não sei. É hora de mexer, sinto os jogadores cansados. Nossa vida é feita de desafios", repetiu. 

Perguntado sobre Pedrinho, que de novo entrou bem no jogo, mas tem poucas chances como titular, Carille explicou a escolha. "O que está faltando é saber que não tenho ele por 90 minutos. A dúvida é iniciar ou terminar com ele. São desafios. Sei que ele não suporta [90 minutos] desde as categorias de base e no profissional também ele não terminou os jogos que iniciou. Ele tem qualidade. Nossa dúvida é essa, isso que discutimos sempre. Está ganhando seu espaço, hoje jogou mais que 30 minutos. Estamos satisfeitos com ele", analisou. 

Carille, enfim, negou ter sido surpreendido pela estratégia dos argentinos, que tiveram início de partida fulminante em Itaquera. "Tudo era esperado. Nada que aconteceu em campo nos surpreendeu. Já vim aqui depois de jogo e disse que errei em escolhas, em propostas. Estudamos e sabemos que, no Campeonato Argentino, eles tinham 14 jogos fora de casa, com nove vitórias, cinco empates e uma derrota. O maior motivo do início foi nossa concentração. Mais ligados, teríamos um início melhor".