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Defesa do Santos fala em má-fé da Conmebol em atraso no "caso Sánchez"

Uruguaio Sánchez foi envolvido em polêmica de possível escalação irregular - Ale Cabral/AGIF
Uruguaio Sánchez foi envolvido em polêmica de possível escalação irregular Imagem: Ale Cabral/AGIF

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/09/2018 15h15

Passados sete dias do julgamento que condenou o Santos no "caso Sánchez", o clube ainda aguarda por parte da Conmebol os fundamentos da decisão que fizeram o Alvinegro ser punido pela suposta escalação irregular do uruguaio contra o Independiente.

O caso é que os santistas só têm sete dias para apresentar o recurso perante a Corte Arbitral da entidade que rege o futebol sul-americano, o que torna a missão para uma reversão do quadro cada vez mais improvável. Responsável pela defesa santista, o advogado Mario Bittencourt vê uma ação deliberada para prejudicar o clube brasileiro.

"É uma demora inexplicável no envio dos fundamentos que nos permitam recorrer. Ou seja, estamos com nossa defesa emperrada e cerceada por mais uma atitude da Conmebol. Um desrespeito com o clube, sua torcida e com o futebol cinco vezes campeão do mundo. Parece clara a intenção de que não cheguemos rápido ao CAS (Corte Arbitral do Esporte). Uma lástima para o futebol e para o esporte“, disse ele, ao UOL Esporte.

Antes de chegar à instância máxima da justiça desportiva, o Santos precisa passar por esta segunda instância na entidade. Na noite da última segunda-feira, a Unidade Disciplinar da Conmebol enviou um e-mail à defesa, no qual informou que as justificativas serão enviadas "com a brevidade possível".

Em decisão tomada menos de 12 horas antes do jogo de volta das oitavas de final, o Tribunal da Conmebol considerou o Santos culpado, declarando-o derrotado no duelo de ida por 3 a 0 - no campo, deu empate por 0 a 0, na Argentina.

A defesa do Santos entrou com uma petição pedindo a reconsideração da suspensão de Sánchez, com base no Código Disciplinar da Fifa (artigo 19.5) e no Artigo 3º do regulamento da Libertadores, e o jogador foi liberado para atuar no Pacaembu.

"O absurdo vem ocorrendo desde o dia da audiência, que condicionou o jogo e criou uma instabilidade absurda para os atletas e a torcida. Absurdo que segue com o fato de a decisão ter sido dada sem fundamentos e na data do jogo", completou ele.

Procurada no início da tarde desta terça-feira, a assessoria da entidade não retornou os contatos até a publicação desta reportagem.