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Palmeiras e Grêmio veem laços fortalecidos na Conmebol e aprovam arbitragem

Palmeiras e Grêmio viram reunião como oportunidade de fortalecer relacionamento - Conmebol/Divulgação
Palmeiras e Grêmio viram reunião como oportunidade de fortalecer relacionamento Imagem: Conmebol/Divulgação

Jeremias Wernek e Leandro Miranda

Do UOL, em Buenos Aires (Argentina)

22/10/2018 11h00

Representantes brasileiros nas semifinais da Libertadores, Palmeiras e Grêmio viram com bons olhos a reunião ocorrida na sede da Conmebol na última terça-feira (16). A leitura dos clubes é que o evento serviu para fortalecer o relacionamento com a cúpula da entidade no Paraguai antes das partidas decisivas. Os nomes dos árbitros escolhidos para os jogos também foram aprovados por ambas as equipes.

Quem vai apitar River Plate x Grêmio, nesta terça (23), no Monumental de Núñez, é o peruano Victor Carrillo. A diretoria gremista gostou da escalação, mas o fato de o trio responsável pelo árbitro de vídeo (VAR) ser todo uruguaio não agradou tanto. O entendimento é que uma equipe de nacionalidades diversas passaria uma postura de mais isenção.

Do lado palmeirense, o nome do chileno Roberto Tobar também foi bem recebido, principalmente porque ele já apitou o duelo com o Boca na fase de grupos, em que o alviverde conseguiu uma vitória histórica por 2 a 0 na Bombonera. Na avaliação do clube paulista, ele mostrou personalidade ao anular corretamente dois gols argentinos e não sentiu a pressão da torcida. A expectativa é que ele repita a boa atuação no jogo desta quarta (24).

O Grêmio entende que existe boa relação com a Conmebol desde o ano passado, quando fez visita em meio à disputa das finais da Libertadores contra o Lanús. A reunião, na qual o clube mais ouviu do que falou, serviu para consolidar essa relação. O Palmeiras, por sua vez, se posicionou sobre temas como o VAR e pediu o melhor árbitro possível para um jogo do tamanho de uma semifinal contra o Boca Juniors.

Um tema que poderia ser espinhoso não foi abordado nem pelos clubes, nem pela Conmebol: os jogadores escalados de forma irregular por Boca (Ramón Ábila) e River (Zuculini) na Libertadores. Os times argentinos escaparam de punição porque nenhum adversário denunciou a infração no prazo de até 24 horas após cada partida ? o que não ocorreu no caso do Santos, por exemplo, que acabou punido com uma derrota por 3 a 0 no jogo de ida das oitavas de final pelo uso equivocado de Carlos Sánchez após denúncia do Independiente.

Além das discussões sobre arbitragem, as principais pautas colocadas na reunião envolveram o fair play. Os presidentes Romildo Bolzan Júnior e Maurício Galiotte, ao lado dos mandatários do Boca, Daniel Angelici, e do River, Rodolfo D'Onofrio, assinaram um manifesto se comprometendo a competir de maneira limpa, respeitar adversários e árbitros e combater o racismo e a violência no esporte, entre outros itens. O evento contou também com a presença do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e do diretor executivo e presidente eleito da CBF, Rogério Caboclo.