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Grohe isenta juiz em campo, mas Grêmio critica VAR por mão em gol do River

Marcelo Grohe, goleiro do Grêmio, pede desculpas após eliminação para o River - AP Photo/Wesley Santos
Marcelo Grohe, goleiro do Grêmio, pede desculpas após eliminação para o River Imagem: AP Photo/Wesley Santos

Jeremias Wernek e Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

31/10/2018 00h07

Marcelo Grohe se manifestou em nome dos jogadores do Grêmio ao fim da derrota por 2 a 1 para o River Plate que significou a eliminação na semifinal da Libertadoresm nesta terça-feira (30), na Arena. Após pedir desculpas, o goleiro lamentou o 'apagão' e admitiu que os argentinos foram melhores no jogo.

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"Não temos que falar nada, é levantar a cabeça, pedir desculpas ao torcedor. O futebol é isso, infelizmente, demos um apagão, tomamos dois gols em cinco minutos, bola parada, tivemos a bola do jogo e não tivemos a felicidade de fazer o gol. Depois teve o pênalti que segundo o juiz foi. Paciência, não tem como voltar atrás, é vida que segue, perdemos a classificação para um grande time, serve de aprendizado, poderíamos ter passado, o time foi valente, é duro dizer mas o River fez uma melhor partida que nós hoje e... sei lá, cara", disse.

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Grohe cita o lance em que Everton entrou cara a cara com o goleiro e bateu, mas Armani defendeu. Em seguida, o River marcou dois gols, o último deles com auxílio do árbitro de vídeo, que alertou sobre pênalti de Bressan.

O goleiro ainda isentou a arbitragem de qualquer coisa e reafirmou a necessidade de ser justo com o uso do árbitro de vídeo.

“Tivemos o pênalti contra, o VAR falou que foi e não tem o que discutir. A gente prega a justiça no futebol. Paciência. Vida que segue, a gente sai de cabeça erguida porque fez uma grande competição e saiu diante de um grande time. Eu fui falar com o juiz e ele pediu para confiar que foi pênalti. É a palavra dele, ele viu o VAR. Perdemos por vacilo nosso, tivemos o jogo na nossa mão e não tivemos a capacidade de segurar”, falou ao SporTV na saída de campo

Mudança de discurso

Aproximadamente uma hora após o jogo, depois de longa conversa no vestiário, o discurso mudou. E o Grêmio, liderado por Grohe, reclamou muito da ausência do uso do VAR em lance no primeiro gol, classificado como "irregular" pelos gremistas por um toque de mão do jogador do River.

“Só pontuar uma situação, até então dentro de campo a gente desconhecia que no primeiro gol a bola bateu na mão do River. Conseguiu ver com a televisão. Situação para lamentar que no Bressan enxergaram, mas no River não. A gente acaba confiando no juiz, que tem o VAR. Lance do Bressan fui falar com ele e ele me falou que era pênalti. Acabou confiando porque VAR traz a justiça para futebol. Essas coisas que entristecem. VAR está para dar justiça e a gente tomou gol de mão que o VAR tinha dever de ter visto e avisado o juiz. Ano passado tentaram nos tirar a Libertadores, não conseguiram. Ficou claro que estavam fazendo de tudo para Lanus ganhar competição. Graças a Deus Grêmio se impôs e não tivemos problema na Argentina. Lance decide a partida, toma 1 a 1, traz instabilidade para equipe”, disse o goleiro.

“Usaram o VAR no pênalti, mas em um lance crucial, como primeiro gol deles, o árbitro revisa o lance e não vê a mão”, também reclamou o atacante Jael. “O VAR está aí para ajudar. Mas, por um motivo ou outro, não foi utilizado como deveria. Isso atrapalha”, endossou o zagueiro Pedro Geromel.

Eliminado da Libertadores, o Tricolor volta a campo no domingo contra o Atlético-MG em Belo Horizonte.