Topo

Uefa divide ingressos e ameniza vantagem do Bayern por decidir Liga dos Campeões em casa

Torcida do Bayern não será maioria esmagadora na final da Liga dos Campeões - REUTERS/Kai Pfaffenbach
Torcida do Bayern não será maioria esmagadora na final da Liga dos Campeões Imagem: REUTERS/Kai Pfaffenbach

Fernando Duarte, em Munique (Alemanha)

18/05/2012 11h01

Embora vá disputar a final da Liga dos Campeões em seu estádio, a Allianz Arena, o Bayern de Munique não poderá colocar o Chelsea sob a mesma pressão que numa partida caseira convencional. Isso porque a entidade máxima do futebol europeu adota uma partilha igualitária para os ingressos distribuídos exclusivamente aos finalistas.

Tanto o clube alemão quanto o inglês receberam 17.500 bilhetes cada, pouco mais de 25% dos 62.500 lugares do estádio. Para aumentar a diluição da possível pressão, a Uefa fica com a parte do leão das entradas.

Tirando uma carga de sete mil ingressos destinados à chamada área neutra, vendida por sorteio para interessados de todo o mundo, o resto dos bilhetes é distribuído para patrocinadores, dirigentes e convidados.

Como pelo menos 49% dos pedidos para tíquetes neutros vieram da Alemanha, é bem capaz de o Bayern, clube de maior torcida do país, contar com ‘’infiltrados’’ na área neutra.

A única vantagem mais aparente dos alemães, em termos de conforto, foi a autorização para utilizar o vestiário do time da casa. De acordo com as regras da Liga dos Campeões, o Bayern, apesar de jogar em Munique, só é oficialmente o mandante por conta da ordem do sorteio das chaves a partir das quartas de final.

A escassez de entrada fomentou o mercado negro - ainda mais porque, depois de muitas críticas aos preços oficiais cobrados para a final de 2011 (o mínimo era R$ 480), o presidente da Uefa, Michel Platini, baixou o patamar para cerca de R$ 200 em Munique. Na Inglaterra, tabloides noticiaram o caso de empresas de revenda cobrando até mais de R$ 60 mil por um bilhete.

Para muitos torcedores, porém, apenas estar na mesma cidade da final já vale um tipo de ingresso. Autoridades inglesas e alemãs calculam que a legião dos sem-tíquetes poderá inflar para mais de 30 mil o número de torcedores do Chelsea que estarão em Munique.

A polícia municipal, preocupada com possíveis confusões, especialmente na área do centro da cidade em que a partida será exibida em telões montou até uma ofensiva de relações públicas junto  aos fã-clubes oficiais do time londrino.