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Campeão europeu, Ramires rebate Mano Menezes: "no Chelsea já joguei até de lateral"

Ramires (d) comemora com companheiro David Luiz no título europeu do Chelsea - Odd Andersen/AFP Photo
Ramires (d) comemora com companheiro David Luiz no título europeu do Chelsea Imagem: Odd Andersen/AFP Photo

Fernando Duarte

Em Munique (Alemanha)

19/05/2012 22h05

Suspenso da final da Liga dos Campeões contra o Bayern de Munique por excesso de cartões amarelos na partida de volta das semifinal contra o Barcelona, o meia Ramires não teve a chance de coroar uma temporada em que foi eleito pelos companheiros como o melhor jogador do Chelsea. Foi perdida também a chance de atuar sob os olhos de Mano Menezes, que acompanhou a partida na Allianz Arena. No entanto, Ramires deu seu recado: não ficou satisfeito com as explicações dadas recentemente pelo treinador para sua ausência nas convocações da seleção brasileira.

 

Na semana passada, Mano justificou não chamar Ramires desde o amistoso com a Alemanha com o fato de o meia atuar no Chelsea praticamente como um ponta, enquanto na seleção vinha sendo utilizado como volante. No entanto, o ex-jogador do Cruzeiro deu a entender que sua versatilidade é uma solução, e não problema para o treinador.

"No Chelsea já joguei em várias posições. Contra a Barcelona, por exemplo, até precisei improvisar como lateral-direito (para compensar a expulsão do zagueiro John Terry). Não vou reclamar de ninguém e seria até estranho fazer isso num momento em que estamos comemorando um título. Prefiro continuar a fazer o que sempre faço: trabalhar e continuar esperando. Não vou parar de sonhar com a seleção", afirmou o jogador, que disse ainda não ter sido procurado pelo treinador nos últimos oito meses.

 

Já o outro brasileiro do Chelsea, David Luiz, que ficara fora das últimas partidas do clube por causa de uma lesão na coxa, acabou se transformando num dos heróis da final da Liga dos Campeões depois de um atuação segura e de acertar um lindo chute no ângulo do goleiro Neuer na segunda cobrança da disputa de pênaltis.

 

O zagueiro foi o último a se juntar aos companheiros no ônibus da delegação na saída do Allianz Arena, em Munique, e mostrou ter levado a sério as lições de inglês. Luiz contou não ter ficado muito nervoso para bater o pênalti e confessou ter jogado com dores desde os 20 minutos, sentindo uma reincidência da contusão – que, por sinal, poderá transformá-lo em mais um desfalque para o amistoso da seleção contra a Dinamarca, no próximo sábado, em Hamburgo.

"Treino todos os dias para bater daquele jeito. Perdi um contra o Genk (Bélgica) na fase de grupos e fiquei um pouco aborrecido, mas tive a chance de me redimir. Senti dores, mas não podia ficar fora da partida mais importante da minha carreira até agora", explicou.