Liga dos Campeões vê fuga de brasileiros na edição 2013/2014

A edição de 2013/2014 da Liga dos Campeões da Uefa, que começa nesta terça-feira, traz tendências divergentes para o futebol brasileiro.A competição interclubes mais rica do mundo enfim terá a participação de Neymar, mas será marcada pelo encolhimento no quesito representatividade nacional.

De acordo com a lista de atletas inscritos pelos 32 clubes na chave principal do torneio, obtida pelo UOL Esporte, apenas 63 brasileiros estarão participando, o menor número dos últimos anos. Há, ainda, quatro naturalizados - Thiago Motta (PSG), Eduardo da Silva (Shakhtar), Rodrigo (Benfica) e Pepe (Real Madrid).

O Brasil já foi o país mais presente na Liga dos Campeões. Na temporada passada, o Brasil teve 84 jogadores.

Agora caiu para o terceiro lugar, com um pouco mais que a Inglaterra, cujo campeonato nacional, a Premier League, é o que conta com a maior percentagem de atletas estrangeiros entre os ‘’grandes’’ da Europa – os ingleses terão 54 jogadores, mesmo número que a França. Com 103 jogadores, a Espanha é a mais ‘’populosa’’, seguida da Alemanha, com 87.

Há explicações para a queda: a principal delas é ausência de muitos times ‘’inchados’’ com brasileiros, como foi o caso na temporada passada do Braga (Portugal), que contribui com 11 atletas nascidos no Brasil, e mesmo o Dínamo de Kiev (com cinco).

Mas também houve times reduzindo o número de brasileiros em seu plantel, como o português Porto, que de oito na temporada passada agora inscreveu ‘’apenas’’ seis. Outro exemplo, foi o Anderlecht, da Bélgica, que de três brasileiros na liga passada não inscreveu nenhum brasileiro sequer.

No entanto, o torneio reunirá os principais atletas da seleção brasileira. Dos 23 chamados para os amistosos com a Austrália e Portugal, por exemplo, 13 estão inscritos para a competição.

Paulinho e Julio Cesar fora- Julio Cesar (QPR), Maicon (Roma) Hernanes (Lazio), Luiz Gustavo (Wolfsburg) e  Paulinho (Tottenham) são exceções, pois seus times não se classificaram na temporada passada.

A Espanha contou com  a aquisição recorde do galês Gareth Bale pelo Real Madrid, mas perdeu talentos nacionais para rivais europeus. O Napoli, por exemplo, contratou três espanhóis para a disputa da Champions.