Eliminação na Liga prova queda do Bayern pós-título alemão. Mas há lado bom
Prever quem sairia eliminado do confronto de titãs entre Bayern de Munique e Real Madrid, pela Liga dos Campeões, era algo muito difícil. Mais difícil ainda, porém, era imaginar que o clube espanhol, na casa do adversário, faria quatro gols e venceria com tanta contundência o timaço comandado por Pep Guardiola.
A derrota do atual campeão do mundo não pode ser classificada como uma pane ou o azar de uma jornada atípica. Depois de faturar o Campeonato Alemão sem ter uma derrota sequer na competição e com sete rodadas de antecedência, o time bávaro caiu muito de produção.
A conquista doméstica aconteceu no dia 25 de março, após uma vitória por 3 a 1 sobre o Hertha Berlin. Até ali, o aproveitamento do Bayern na temporada era impressionante: 37 vitórias, quatro empates e duas derrotas, um aproveitamento de 89,1%. Dali em diante, a queda foi bem grande: em dez partidas, quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas, totalizando um aproveitamento de 46,7 %.
O fim da sequência positiva culminou na dura eliminação diante do Real Madrid de Cristiano Ronaldo, em plena Allianz Arena. A quantidade de tabus e recordes positivos do clube alemão que foram quebrados com a goleada desta terça-feira dá uma dimensão do peso da derrota.
A goleada foi a maior já sofrida pelo Bayern de Munique em casa em competições europeias em toda a sua história. A anterior havia sido uma derrota por 4 a 1 diante do Dinamo Zagreb, em 1963. Também foi a primeira derrota em casa para o Real Madrid: em dez confrontos anteriores, os alemães tinham vencido nove e empatado um.
Sobra também para Pep Guardiola, que teve um recorde pessoal quebrado. O técnico estava invicto nas últimas 14 partidas de mata-mata disputadas em casa pela Liga dos Campeões da Europa.
Com a vitória, o Real Madrid avançou pela 17ª vez para a final de uma competição europeia de clubes. É um recorde, mas dividido justamente com seu maior rival, o Barcelona.
O lado bom
A traumática derrota e a ausência de um representante alemão na final da Liga dos Campeões podem ter um lado. Joachim Löw, técnico da seleção alemã, tem pelo menos um motivo para sorrir: os jogadores do Bayern que devem disputar a Copa do Mundo só terão mais um jogo decisivo pela frente, e podem encerrar a temporada uma semana antes.
O clube de Munique tem vários jogadores que são nomes quase certos na lista de Low para vir ao Brasil em junho: o goleiro Neuer, o lateral Lahm, o zagueiro Boateng, os meio campistas Schweinsteiger, Götze e Kroos e o atacante Müller.
Jogando para cumprir tabela no alemão, a única preocupação do elenco bávaro no restante da temporada é a final da Copa da Alemanha, no dia 17 de maio, diante do Borussia Dortmund. A final da Liga dos Campeões seria uma semana depois, no dia 25, e além de estender em uma semana a temporada, aumentaria o risco de lesões, já que se trata do jogo mais importante do ano para os clubes europeus.
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