Topo

Atlético de Madri vira sobre Chelsea e disputará final da Liga após 40 anos

Do UOL, em São Paulo

30/04/2014 17h38

José Mourinho foi duramente criticado em todo o mundo pela retranca imposta no jogo de ida, na última semana, na Espanha. Lá, porém, o Chelsea não levou gols e ficou no 0 a 0. Para o jogo desta quarta, Mourinho "seguiu" o que seus críticos disseram e abriu o time. Resultado? Eliminação. O Atlético de Madri venceu em pleno Stanford Bridge, por 3 a 1, de virada, e voltará a disputar uma final de Liga dos Campeões após 40 anos.

Adrián, na primeira etapa, e Diego Costa, de pênalti, e Arda Turan, na segunda, tornaram inútil o gol de Fernando Torres, que abriu o placar para o Chelsea aos 6 minutos do primeiro tempo. A cidade de Madri será o centro do mundo do futebol no dia 24 de maio, um sábado, apesar do palco da decisão ser Lisboa, em Portugal. Atlético e Real se enfrentarão no Estádio da Luz no 1° clássico madrilenho a decidir a principal competição de clubes da Europa na história.

Mourinho cai nas semifinais da Liga pelo quarto ano seguido. Já Diego Simeone será o primeiro técnico sul-americano a disputar uma final em 13 anos. O time do argentino soube equalizar defesa e ataque e, assim, bateu Mourinho, que mostrou ser especialista em defesa, mas que se perdeu ao tentar abrir o time que comanda.

Na decisão, o Atlético enfrentará um time o qual estava sem vencer, até o ano passado, há 13 anos. Foram três jogos desde a quebra do tabu e o Atlético não mais perdeu - duas vitórias, um empate. Agora, o objetivo é criar outro tabu: o único a vencer o clássico na hora que mais importa: a decisão continental.

E o jogo foi a consagração do melhor ataque da história do Atlético. Com os três desta quarta, são 113 desde o meio de 2013, a melhor marca da história do clube madrilenho. Diego Costa é o artilheiro, com 36.

E a partida parecia que seria diferente por, pelo menos, 36 minutos. O Chelsea escalou Torres, Willian e Hazard e os três atacaram muito mais nesses minutos do que fez o clube em todo o jogo na Espanha. O resultado? Sem sustos atrás e um gol na frente.

Willian, nome quase certo na seleção brasileira na Copa, passou pro dois grudado à bandeira de escantetio pela esquerda. A bola ficou com Azpilicueta, que rolou para trás. Torres chegou e abriu o placar. Não comemorou, em respeito ao clube de seu coração.

"Sorte" dele que terá para quem torcer na decisão. O Atlético, a partir de então, dominou o jogo, e Torres poderá assistir ao jogo de Lisboa secando o Real Madrid, rival do clube pelo qual surgiu.

Primeiro, Juanfran salvou lançamento que sairia pela linha de fundo, bateu para trás na área  e contou com furadas de Terry e Cole para que a bola chegasse aos pés de Adrián. Ou melhor, à canela. "Torto", o meia conseguiu colocar a bola no gol de Schwarzer.

Se o Chelsea precisava de um gol a partir de então para se classificar, saíram logo dois. Do outro lado. Diego Costa caiu na área ao ser tocado por Eto'o aos 13 minutos. Ele mesmo cobrou e fez, com força, quase no meio do gol.

Depois, Arda Turan, que dominou o meio de campo durante o jogo, fez presença na área. Pegou rebote de cabeçada no travessão e só rolou para o gol.

Enquanto isso, Courtois salvava atrás, com duas espetaculares defesas. Nem era preciso mais. O Atlético estará na final dia 24 de maio, após 40 anos. Se o título for conquistado, será da maneira pdos sonhos de todo torcedor "colchonero": sobre o principal rival. A ver.

Courtois -  -
Na defesa, Courtois, que é do Chelsea, foi o herói do Atlético de Madri