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Atlético arranca gol chorado contra Juventus e embola Grupo A da Liga

Do UOL, em São Paulo

01/10/2014 17h40

Como sempre, a bola aérea salvou: com sua jogada matadora, o Atlético de Madri saiu de um sufoco e conseguiu um gol chorado para vencer a Juventus por 1 a 0, em casa, nesta terça-feira, pela segunda rodada da Liga dos Campeões.

O jogo foi fraco tecnicamente, com apenas dois chutes na direção do gol em toda a partida. Sorte da torcida dos atuais vice-campeões europeus que Arda Turán foi capaz de quebra a monotonia do jogo e garantir a festa ni estádio Vicente Calderón. Com a vitória, o Atlético embolou o Grupo A, chegando aos mesmos três pontos de todos os outros da chave: Juventus, Malmö e Olympiakos - os suecos do Malmö venceram os gregos nesta terça por 2 a 0.

Fases do jogo: A primeira etapa não deu a impressão a quem acompanhou a partida de que se tratava do duelo entre os atuais campeões espanhol e italiano. Apenas um chute foi na direção do gol (Mandzukic, para boa defesa de Buffon). O Atlético teve que tomar a iniciativa, algo com o qual não costuma trabalhar bem - tem como especialidade o contra-ataque -, enquanto a Juventus, quando com a bola, optava por tocá-la por bom tempo, segurando o jogo.

Na segunda etapa, aos 13 min., lance que lembra polêmica atual no Campeonato Brasileiro conseguiu dar uma pequena animação ao jogo: Lichtsteiner desviou cruzamento para trás e a bola bateu na mão de Cáceres, que estava com o braço aberto. O árbitro, porém, nada deu, apesar da bola ter a direção alterada (e quase ter entrado no gol da Juventus).

E se no primeiro tempo apenas um chute foi na direção do gol, na segunda etapa a marca se repetiu: só que, desta vez, encontrando a rede. E na especialidade do Atlético: a bola aérea. O time aproveitou belo avanço de Tiago pela direita. O português encontrou Juanfran, que apostou no cruzamento para Mandzukic. O croata não alcançou a bola, mas Arda Turán estava ligado e chegou como elemento surpresa para tocar rasteiro para abrir o placar e dar a vitória ao Atlético.

O melhor: Torcida do Atlético - Se o jogo foi modorrento, não foi por culpa da torcida da casa, que apoiou e cantou o tempo todo, além de vaiar fortemente toda tentativa de jogada da Juventus. Entre os que entraram em campo, vale ao máximo citar o oportunismo de Arda Turán, algo que a torcida espanhola conhece bem.

O pior: Llorente - Dentro da proposta de jogo da Juventus, era necessária maior movimentação dos atacantes.Tevez ao menos chutou ao gol por uma vez, enquanto seu companheiro nem isso conseguiu. A melhor chance dos italianos ocorreu quando Raul Garcia cortou a bola após cruzamento para trás, forçando bela defesa de Moyá.

Chave do jogo: É impressionante a qualidade do Atlético na bola aérea. Mais uma vez foi a jogada que salvou o clube - assim como foi o gol do título espanhol da última temporada e o que quase deu o título da Liga na última final contra o Real Madrid. Se o contra-ataque foi anulado pelo esquema da Juventus, restou o cruzamento. A jogada demorou para sair, mas quando ocorreu foi fatal.

Para lembrar:

Antes do início do duelo, o Twitter oficial do Atlético de Madri publicou a seguinte mensagem: "Hoje enfrentaremos o time com mais títulos italianos: 30". Prontamente, o perfil oficial da Juventus respondeu: "É uma longa história... Mas nós contamos 32 títulos". A resposta se dá a polêmica perda de dois títulos (2005 e 2006) por participação em esquema de armação de escala de arbitragem.

A Juventus atuou pela primeira vez com seu novo uniforme n°3, todo verde limão. Nas redes sociais, torcedores variavam entre críticas e elogios a chamativa camisa.

O gol de Turán foi o primeiro sofrido pela Juventus na temporada: eram cinco jogos no Italiano e um na Liga com Buffon invicto.