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Monaco derrota Arsenal em Londres e fica perto de vaga nas quartas de final

Do UOL, em São Paulo

25/02/2015 18h37

O Monaco deu um grande passo nesta quarta-feira em direção às quartas de final da Liga dos Campeões da Europa 2014/2015. Jogando no Emirates Stadium, em Londres, o time monegasco derrotou o Arsenal por 3 a 1 e ficou mais perto de passar pelas oitavas de final da competição.

Os gols do Monaco foram marcados por Kondogbia, Berbatov e Ferreira-Carrasco, enquanto Oxlade-Chamberlain fez para o Arsenal. Agora, o time do técnico português Leonardo Jardim pode até perder por um gol de diferença na partida de volta (ou por 2 a 0, graças aos gols fora de casa) que se classifica. Os dois times se enfrentam em 17 de março, no Estádio Louis II, em Monte Carlo.

Fases do jogo
Mesmo jogando em casa, o Arsenal começou a partida se complicando e permitindo que o Monaco trabalhasse a bola no campo de ataque. O atacante búlgaro Berbatov – bastante vaiado pela torcida do Arsenal por sua passagem pelo Tottenham – teve boa chance aos 16 min do primeiro tempo, mas foi pego em condição de impedimento pela arbitragem.

Aos poucos, o Arsenal começou a criar oportunidades, graças ao trabalho entre Sánchez e Ozil. Em um primeiro bom momento do time londrino, aos 31 min, Koscielny roubou a bola de Berbatov e arriscou para o gol, mas sem força. Com 33 min, Sánchez recebeu a triangulação dentro da área, mas perdeu a chance e mandou por cima.

Mas aí, coube ao Monaco abrir o placar aos 38 min: Kondogbia recebeu da direita e arriscou da entrada da área, contando com um leve desvio em Mertesacker para enganar o goleiro Ospina. Em desvantagem, o Arsenal quase empatou no primeiro minuto do segundo tempo, após bela jogada individual de Sánchez pela direita, que terminou com a conclusão de Giroud para fora.

Mas eis que o Monaco resolveu aprontar, ampliando a vantagem aos 9 min da etapa final: após roubada de bola na esquerda, Fabinho iniciou um contra-ataque e acionou Martial; na entrada da área, Berbatov recebeu do camisa 23 e mandou para as redes. Três minutos depois, o Arsenal tentou responder, mas sem sucesso: Sánchez chutou para o gol, Subasic deu rebote e Giroud mandou por cima.

O que se viu a partir daí foi um Arsenal pressionado, com pouca tranquilidade para criar jogadas. As poucas oportunidades caíram nos pés de Welbeck, aos 29 min, e Sánchez, aos 36 min, mas foram ambas para fora. Oxlade-Chamberlain ainda marcou para o Arsenal nos acréscimos, mas Ferreira-Carrasco fez 3 a 1 em um contra-ataque e voltou a complicar a situação dos londrinos na Liga dos Campeões.

Melhor: Kondogbia
O gol no primeiro tempo foi o ponto mais alto da atuação do francês do Monaco, é verdade. Mas premia o desempenho incansável no meio de campo, ocupando diversos espaços entre defesa e ataque.

Pior: Giroud
O Arsenal demorou para criar boas oportunidades de gol. Quando o fez, principalmente no segundo tempo, falhou nas “espanadas” do francês. Ozil, Welbeck e Walcott também produziram menos do que o esperado.

Toque dos técnicos
Ciente da necessidade de marcar gols na Inglaterra, o técnico Leonardo Jardim montou o Monaco com um meio de campo aberto, acionando Martial, João Moutinho e Dirar para distribuir jogadas de ataque. Arséne Wenger, por sua vez, colocou Cazorla e Coquelin para defender no meio, escalando o trio Sánchez-Ozil-Welbeck mais centralizado para municiar Giroud.

No comparativo, o resultado é bastante fiel à disposição tática: enquanto o time londrino teve dificuldades para fazer a transição entre meio de campo e ataque, os monegascos aproveitaram as oportunidades – bastante sintomático, o segundo gol veio em um contra-ataque de Martial que terminou com o arremate de Berbatov.

Para lembrar
Retrospecto discreto: Curiosamente, os dois times chegaram apenas uma vez cada às finais da competição, sendo derrotas. O Monaco perdeu o título para o Porto em 2004, enquanto o Arsenal caiu frente ao Barcelona em 2006.

O desafio das oitavas: Nas últimas quatro edições da Liga dos Campeões da Europa, o Arsenal foi eliminado justamente nas oitavas de final, frente a Barcelona (2011), Milan (2012) e Bayern de Munique (2013 e 2014).