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Alemães do Bayern de Munique fazem 7 a 0 nos brasileiros do Shakhtar

Do UOL, em São Paulo

11/03/2015 18h34

O Bayern de Munique não teve nenhuma dificuldade para eliminar o Shakhtar Donetsk da Liga dos Campeões: 7 a 0 e classificação para as quartas de final.

Toda a goleada começou nascer com dois minutos de jogo, quando Kucher foi expulso após cometer pênalti. Em vantagem no placar e com um jogador a mais, os gols foram saindo com naturalidade com gols de: Muller (dois), Boateng, Ribéry, Badstuber, Lewandowski e Gotze.

Como de costume, o Shakhtar Donetsk teve uma legião brasileira em campo: Taison, Fred, Douglas Costa, Alex Teixeira e Luiz Adriano foram titulares. Wellington Nem e Ilsinho entraram durante a partida (Dentinho e Fernando ficaram no banco).

Do lado do Bayern de Munique dois brasileiros - o lateral direito Rafinha foi titular e Dante entrou no segundo tempo - e quatro alemães que golearam o Brasil por 7x1 da última Copa do Mundo: Neuer, Boateng, Schweinsteiger e Muller.

Fases do jogo: Bastaram dois minutos para o Bayern ter uma ampla vantagem. Em uma arrancada de Gotze, o zagueiro Kucher deu um carrinho dentro da área: pênalti e expulsão do ucraniano. Na cobrança, Thomas Muller colocou os bávaros em vantagem.

O que se viu a partir daí foi o time alemão circulando a bola no campo de ataque esperando uma brecha na defesa - recomposta pela saída de Taison e com a entrada de Kryvtsov. Nem mesmo a saída de Robben, que sentiu dores aos 19 mintuos e deu lugar a Rode, mudou o panorama do jogo.

Aos 24, Rafinha cruzou da direita e Lewandowski acertou a trave. Aos 33, o centroavante chutou de dentro da pequena área e o goleiro Pyatov fez uma grande defesa. Só que Boateng estava bem posicionado no rebote e só empurrou para o fundo das redes para fazer 2 a 0.

As únicas vezes que o Shakhtar conseguia passar do meio-campo eram em bolas do lado direito, ora com Fred ora com Douglas Costa. Em um destes lances esporádicos, Douglas Costa se chocou com Ribéry e iniciou-se uma pequena confusão, logo apartada pelo árbitro.

Fato é que a única vez que o time da Ucrânia chegou à área adversária foi quando Boateng falhou e perdeu uma bola para Alex Teixeira, que errou no passe decisivo - no contra ataque, Lewandowski, sozinho, chutou em cima do goleiro.

A goleada era praticamente inevitável e aconteceu nos primeiros minutos do segundo tempo: Ribéry arrancou da esquerda driblando e fez 3x0 aos 3 minuntos. Aos 6,  Lewandoswki fez o pivô para Thomas Muller chutar de primeira da entrada da área.

Aos 17, Rafinha foi até a linha de fundo e cruzou na cabeça de Badstuber, que cabeceou forte e fez o quinto. Aos 30 minutos, Schweinsteiger fez lançamento longo, Lewandoswki matou no peito e só tirou do goleiro para fazer o sexto. O sétimo veio com Gotze, que recebeu sozinho na ponta esquerda e finalizou com tranquilidade.

O melhor: Boateng - Diante de um ataque ineficiente , o zagueiro foi ajudou nas jogadas ofensivas, conseguiu marcar um gol e dar uma assistência. Muller, Ribéry e Lewandowski também merecem menção honrosa.

O pior: Kucher - Com dois minutos de jogo, o zagueiro deu um carrinho totalmente imprudente dentro da área. Acabou expulso e comprometeu todo o esquema de jogo da sua equipe.

Toque dos técnicos: Pep Guardiola adotou um esquema 4-1-4-1 com muitos jogadores ofensivos: Robben, Gotze, Muller, Ribéry e Lewandowski atuaram juntos no campo de ataque. Com isso o time teve muita qualidade na chegada, que passou a ser exagerada até depois da expulsão.

Do lado ucraniano, o técnico Mircea Lucescu optou por tirar Taison para recompor o sistema defensivo. Verdade que não haviam muitas outras opções para arrumar a situação, mas Alex Teixeira, Douglas Costa e Luiz Adriano totalmente inoperantes no ataque.

Para lembrar:
- O Bayern de Munique igualou seu próprio recorde: 7 a 0 em uma fase de mata-mata de Liga dos Campões. Antes, o time bávaro havia goleado o Basel, em 2012.
- O Bayern também é o único time que faz 7 gols em duas partidas diferentes em uma mesma edição de Liga dos Campeões.
- O Shakhtar é a primeira equipe que consegue marcar sete gols (contra o Bate, na primeira fase) e sofrer sete gols na mesma edição de Liga dos Campeões.