Topo

Para vencer a Liga o PSG precisa atacar. Mas é melhor não contar com Ibra

Do UOL, em São Paulo

12/03/2015 06h00

Zlatan Ibrahimovic é, teoricamente, a grande estrela do PSG, um time que vai precisar atacar melhor se quiser chegar ao sonhado título da liga dos Campeões. A julgar histórico do sueco, porém, é melhor que o clube da capital francesa não conte com ele.

Na última quarta, Ibra foi expulso por conta de uma entrada imprudente em Oscar ainda no primeiro tempo. Teve de ver, do vestiário, seus companheiros se superarem em um jogo fantástico. Depois de 90 minutos com um homem a menos (o restante do jogo mais a prorrogação), o PSG arrancou um 2 a 2 do Chelsea em Londres e avançou às quartas.

Ibra certamente não estará no próximo jogo, cumprindo suspensão automática. Se a Uefa entender que o sueco passou do limite no lance do cartão, o gancho pode ser ainda maior. Independentemente da avaliação da confederação, porém, é melhor o PSG pensar em alternativas.

Para começar, porque o PSG não vai bem na frente. Contra o Chelsea, contou com gols de cabeça de seus dois zagueiros. Entre os times já garantidos nas quartas, os franceses têm o pior ataque com 13 gols. Bayern (23), Real Madrid e Porto (ambos com 21) lideram o quesito. Além disso, Ibra por si só é um problema.

O sueco joga a Liga dos Campeões há 13 anos. O único time “médio” pelo qual passou foi o Ajax, no começo da carreira. Depois, esteve em Juventus, Inter de Milão, Barcelona, Milan e PSG, todos times que aspiram ao título. Fez, no período, 34 jogos de mata-mata do torneio de clubes mais importante do mundo. Marcou só seis gols.

A índice é incrivelmente baixo para quem já foi artilheiro de campeonatos nacionais em quatro oportunidades. Mais que isso, Ibrahimovic era a maior estrela em quase todos os times que passou, exceção feita à Juventus e o Barcelona. Em todos os outros, era dele que se esperava o desempenho acima da média nos momentos decisivos, que nunca veio.

Ibra demorou oito anos de Liga para marcar no mata-mata pela primeira vez. A “estreia” foi pelo Barcelona, contra o Stuttgart. Depois, marcou mais duas vezes pelos catalães, uma pelo Milan e duas pelo PSG.

O mais perto que Ibra chegou do título foi na semifinal da edição 2009/10, quando caiu com o Barcelona diante da Inter de Milão. A conquista dos italianos, aliás, configura outra curiosidade do histórico do sueco. Em 2010, ele viu seu ex-clube levantar a taça imediatamente depois da sua saída. O mesmo ocorreu na temporada seguinte, quando os catalães venceram a Liga pela última vez.

Se quiser apostar em outro atacante, o PSG pode investir em Cavani. Com seis gols, o uruguaio é o artilheiro dos franceses na Liga, contra dois do sueco, e o sexto na lista geral de melhores marcadores.