Topo

5 razões para acreditar que o Atlético vai bater o Real Madrid na Liga

Do UOL, em São Paulo

14/04/2015 05h00

Real Madrid e Atlético começam, nesta terça, a fazer um dos confrontos mais esperados das quartas de final da Liga dos Campeões. O jogo no Vicente Calderón, às 15h45, com acompanhamento ao vivo do Placar UOL Esporte, é só o primeiro ato de um clássico que começou há pouco mais de um ano, quando os dois rivais se enfrentaram na final do ano passado, com vitória para os merengues.

Desde então, os dois se enfrentaram outras seis vezes, viram a rivalidade se acirrar e entrarão em campo cercados de tensão e expectativa. Quem vai vencer?

Neste texto, listamos os motivos para você acreditar no Atlético de Madri: (Não concorda? Se quiser, pode conferir as razões para apostar no Real aqui):

1 - Fase contra o Real

13.set.2014 - Enquanto Casillas lamenta, jogadores do Atlético de Madri comemoram o segundo gol na vitória sobre o Real Madrid - EFE/Alberto Martín - EFE/Alberto Martín
Imagem: EFE/Alberto Martín
O Atlético de Madri perdeu a final da Liga dos Campeões para o Real Madrid. É verdade e todo mundo lembra. Só que desde então Cristiano Ronaldo e companhia são fregueses dos pupilos de Simeone.

Na atual temporada, os times se enfrentaram seis vezes, com quatro vitórias do Atlético e dois empates. Os “colchoneros” venceram a Supercopa da Espanha e eliminaram o Real da Copa do Rei. O melhor momento, porém, foi no Campeonato Espanhol, quando a torcida lavou a alma com um 4 a 0 vexatório no mesmo Vicente Calderón que receberá o clássico nesta terça.

É óbvio dizer que ninguém bateu tanto no Real Madrid neste ano. Bater o Atlético é um dos desafios dos merengues, como ressalta Ancelotti. “Enfrentar Simeone é uma honra para mim. E um problema”, disse o técnico do Real Madrid, reverenciando o rival.

2 - Reinvenção do elenco

Fernando Torres celebra o primeiro gol do Atlético de Madri na vitória contra o Getafe - AFP - AFP
Imagem: AFP
Depois de conquistar o Espanhol e ser vice da Liga de forma surpreendente, o Atlético perdeu parte da sua força. Villa foi para a Austrália e Courtois, Filipe Luís e Diego Costa para o Chelsea. É quase metade do time que já não era brilhante.

Só que Simeone soube reconstruir. Contratou Oblak para o gol, Ansaldi para a lateral esquerda e Griezmann e Mandzukic para o ataque, que ainda ganhou Fernando Torres no meio da temporada. Difícil dizer se o nível foi mantido, mas Simeone e a base que ficou conseguiram manter o time brigando de igual para igual com os grandes.

O Atlético de 2014/15 não briga pelo Espanhol, é verdade, mas venceu a Juventus na fase de grupos da Liga, atropelou o Real Madrid em quatro dos seis confrontos e caiu de pé diante do Barcelona na Copa do Rei. Hoje, ninguém pode dizer que a equipe vice-campeã do ano passado acabou.

3 - Foco na Liga

Diego Simeone orienta a equipe do Atlético de Madri durante a partida contra o Bayer Leverkusen - Andres Kudacki/AP - Andres Kudacki/AP
Imagem: Andres Kudacki/AP
Como dissemos no tópico anterior, o Atlético de Madri não briga mais pelo Campeonato Espanhol. Hoje, ocupa a terceira colocação com 66 pontos, contra 75 do líder Barcelona. Com apenas nove jogos pela frente, precisaria de um milagre para entrar na luta pelo bi.

Nunca é bom ficar fora de uma briga pelo título, mas para o Atlético isso tem um lado bom. Com um elenco enxuto e um calendário cheio, Simeone certamente não vai reclamar da vida quando puder poupar um ou outro jogador-chave nos jogos do Espanhol. No ano passado, por exemplo, o acúmulo de jogos ajudou a tirar Arda Turan e Diego Costa dos jogos decisivos.

O Real Madrid, ao contrário, precisa estar 100% em tudo. A equipe merengue tem 73 pontos no Espanhol e ainda sonha com a conquista nacional. Ter de dividir as atenções em duas competições pode ser o diferencial negativo para uma disputa do porte da Liga dos Campeões.

4 - Melhor defesa

Miranda afasta o perigo no campo de defesa durante o confronto entre Atlético de Madri e Bayer Leverkusen - Juanjo Martín/EFE - Juanjo Martín/EFE
Imagem: Juanjo Martín/EFE
O grande mérito do Atlético de Madri vice-campeão da Liga era a sua defesa. Godín e Miranda pararam Barcelona, Chelsea e estiveram perto de fazer o mesmo com o Real Madrid, sempre auxiliados por um meio-campo aguerrido e marcador.

Essa base não mudou e os dois zagueiros continuam eficientes. Em oito jogos, o Atlético levou apenas quatro gols e tem o sistema menos vazado da competição, ao lado de Bayern de Munique e Monaco.

Defender bem é uma das chaves para parar o Real Madrid que, ao contrário, se caracteriza pelo poder ofensivo. São 21 nos mesmos oito jogos,  número que deixa os merengues atrás apenas do Bayern de Munique.

5 - Força da arquibancada

Após ser expulso, Simeone pede apoio da torcida do Atlético de Madri no Vicente Calderón, na final da Supercopa da Espanha - EFE/Juan Carlos Hidalgo - EFE/Juan Carlos Hidalgo
Imagem: EFE/Juan Carlos Hidalgo
A torcida nunca foi um trunfo do Real Madrid. O fã do time branco é acostumado com espetáculo e bom futebol e não engole times que jogam de forma mediana. Mesmo quando os jogadores cumprem essa expectativa em campo, a arquibancada não reage a ponto de fazer tanta diferença positiva.

O Atlético de Madri é a antítese desse pensamento, valorizando a garra e a entrega dos pupilos de Simeone, transformando o seu estádio em uma panela de pressão para os rivais. O clima no Vicente Calderón, palco do jogo desta terça, pode ser preponderante no confronto, como tem sido recentemente para o Real.

Dos seis jogos disputados entre as duas equipes, três foram na casa do Atlético. Como mostra o UOL Esporte nesta terça, foram três derrotas do Real, que levou um saldo de 7 a 0 na soma dos confrontos.