5 razões para acreditar que o PSG vai bater o Barcelona na Liga

Nesta quarta-feira, às 15h45, PSG e Barcelona começam a decidir as quartas de final da Liga dos Campeões em um dos confrontos mais equilibrados do torneio, que terá acompanhamento ao vivo do Placar UOL Esporte. Com Cavani e Thiago Silva de um lado, Neymar e Messi do outro, em quem você apostaria?

Se você acha que o PSG pode bater os favoritos do Barcelona, este é o seu lugar (se você acha que os espanhóis é que vão avançar, clique aqui). O UOL Esporte listou abaixo cinco razões para acreditar que os franceses chegarão à semifinal. Confira:

1 - Crise interna no Barça

Não é novidade que o elenco do Barcelona não morre de amores por Luis Enrique. Suárez, Daniel Alves e até Messi já reclamaram do treinador ao serem substituídos. Neymar, porém, levou a revolta a um outro nível no último fim de semana.

Depois de uma assistência e um golaço de falta, o brasileiro foi sacado diante do Sevilla e saiu soltando cobras e lagartos. Uma TV espanhola chegou a flagra o ex-santista mandando alguém ir tomar naquele lugar. Para piorar, o jogo deu certa razão a Neymar, já que minutos depois da troca o Barcelona sofreu o empate e Luis Enrique teve de colocar o atacante Pedro na vaga de um meia, desfazendo a mudança anterior.

Luis Enrique teve de se explicar e não se mostrou muito satisfeito. “Todos querem estar em campo, mas os jogadores devem entender que sou eu que tenho que tomar as decisões”, disse o chefe.

Todo esse clima pode favorecer o PSG, que vê o caldeirão ferver de longe e pode aumentar ainda mais a tensão nas relações entre o elenco azul-grená e seu treinador.

2 - Muito a provar

O Barcelona é tetracampeão da Liga dos Campeões, sendo três delas de 2000 para cá. Está, definitivamente, entre as maiores potências do continente, brigando de igual para igual contra Bayern, Real Madrid, Milan e outros.

O PSG tem só uma Recopa, conquistada em 1996, e ainda é visto como um novo rico, turbinado pelo dinheiro do Qatar que entrou na conta do clube em 2011. Desde então, os franceses dão passos curtos rumo ao topo da cadeia alimentar da Liga dos Campeões. Já caíram diante de Barcelona e Chelsea em anos anteriores, e agora buscam a revanche.

Nas oitavas, Thiago Silva e companhia deram o primeiro passo adiante na hierarquia continental contra o Chelsea, mostrando que o elenco é ambicioso. O próximo passo é o Barcelona, e o time já mostrou que o espírito certo pode fazer a diferença em campo.

3 - Zaga brasileira

O trio de zagueiros do PSG faz, até agora, uma Liga dos Campeões elogiável. Na primeira fase, David Luiz e Marquinhos deram conta do Barcelona em Paris quando Thiago Silva estava machucado.

Contra o Chelsea, o trio jogou junto com o ex-corintiano atuando pela direita e foi fundamental na eliminatória. Foi das cabeças de David Luiz e Thiago Silva que saíram os dois gols marcados em Londres, que decretaram a classificação francesa.

Agora, a tendência é que Marquinhos forme a dupla com Thiago Silva. David Luiz foi relacionado, mas ainda se recupera de uma lesão muscular na coxa esquerda.

4 - PSG sabe o caminho

O Barcelona só perdeu cinco dos 47 jogos que disputou em toda a temporada. Um dos algozes, na verdade o primeiro deles, foi justamente o PSG. Em casa, no primeiro jogo da Liga dos Campeões, os franceses fizeram 3 a 2 em uma partida eletrizante.

Thiago Motta, Matuidi e Verratti dominaram o meio-campo, com muita disposição e marcação cerrada. No ataque, o PSG conseguiu a vantagem que precisava em cruzamentos para a área, ainda o grande calcanhar de Aquiles do Barça, embora o time tenha melhorado no quesito.

Todos os gols foram marcados em lances do tipo – o PSG é o segundo time que mais marcou de cabeça na Liga, com quatro bolas nas redes. Vencer o Barça, portanto, não é uma novidade para a equipe de Paris, que em 2013 já havia dado muito trabalho aos catalães nas quartas.

Na ocasião, o Barcelona só avançou às semifinais pelo número de gols marcados fora de casa, já que empatou por 2 a 2 em Paris e 1 a 1 no Camp Nou.

5 - A batalha do meio-campo

O jogo inaugural da Liga dos Campeões, citado no tópico anterior, é um exemplo de como se desenha a batalha do meio-campo neste duelo. De um lado está o coração e a principal arma do PSG, com volantes que sabem criar e destruir com qualidade, estão se aproximando do auge da carreira e cheios de ambição.

Do outro, está um time em reformulação. Busquets ainda não voltou a jogar seu melhor futebol depois de uma lesão, Rakitic é o jogador que mais vezes é substituído por Luis Enrique e Iniesta não deu uma assistência sequer em todo o Campeonato Espanhol.

Se hoje a grande força do Barcelona está no trio ofensivo, é também porque o meio-campo que já teve Xavi e Iniesta jogando o fino não é mais o mesmo. No último duelo de peso dos catalães, por exemplo, o Real Madrid passou parte de vencer ao ganhar a batalha da área central com Modric, Kroos, Isco e Bale. A vitória azul-grená, para quem não se lembra, saiu em uma ligação direta de Daniel Alves para Suárez.

O problema para o PSG é que sua força está parcialmente calcada em Verratti, que não estará em campo no primeiro jogo, cumprindo suspensão.