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Problema para o Barcelona. Com Marquinhos em campo, PSG não viu derrota

Marquinhos chegou ao PSG por um valor de 35 milhões de euros (R$ 121,7 milhões) - BENOIT TESSIER/Reuters
Marquinhos chegou ao PSG por um valor de 35 milhões de euros (R$ 121,7 milhões) Imagem: BENOIT TESSIER/Reuters

Do UOL, em São Paulo

15/04/2015 06h00

Ele só tem 20 anos, mas já está na história do PSG e é cobiçado por grandes da Europa, como Barcelona, e Manchester United. Mesmo reserva de David Luiz e Thiago Silva, o jovem Marquinhos vive grande fase no clube francês, tendo atingindo o recorde de invencibilidade em uma mesma temporada: nas 34 partidas em que o zagueiro esteve em campo, a equipe de Paris não foi derrotada. A marca superou a de George Weah, em 1993-94, que era de 33 jogos.

Nas quatro vezes em que o PSG perdeu na temporada, ele sempre esteve fora. Problema para Barcelona, já que no duelo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões, nesta quarta-feira, em Paris, a partir das 15h45 (horário de Brasília), com placar UOL Esporte, ele deve ser mantido como titular.

Em sua terceira temporada no PSG, Marquinhos ainda luta por espaço, mas nada que ele não sabia quando deixou a Roma por 35 milhões de euros (R$ 121,7 milhões), em 2013. “Ele é jovem, muito talentoso, com grande potencial. Isso mostra que nos preocupamos com o futuro. Ele é uma aposta”, explicou o técnico Laurent Blanc, quando o jogador foi contratado.

Desde que chegou ao PSG, Marquinhos atuou em 66 partidas, vencendo 47, empatando 14 e perdendo apenas cinco. As boas atuações o fizeram ficar na terceira colocação do prêmio “Golden Boy”, do jornal italiano “Tuttosport”, destinado ao melhor jogador na Europa com menos de 21 anos – os brasileiros Anderson e Alexandre Pato já o conquistaram.

Mesmo com contrato até 2018, o PSG quis colocar um fim nas especulações sobre o futuro de Marquinhos e renovou com o brasileiro, no último mês de março, até 2019. Dessa maneira, o zagueiro terá mais tempo para evoluir ao lado de David Luiz e Thiago Silva.

“A experiência é muito importante no futebol, assim como na vida. Ter pessoas como David Luiz, Thiago Silva ou mesmo Zoumana Camara ao lado me permite aprender muitas coisas. Eu os observo, fico atento ao que eles fazem antes e após os treinos. Eu absorvo tudo o que acredito ser importante para me fazer progredir. Tenho muita sorte de ter tais campeões ao meu lado”, afirmou ao site oficial do PSG.

Com a lesão sofrida por David Luiz, é provável que Marquinhos comece a partida contra o Barcelona, pelas quartas de final da Liga dos Campeões, como titular ao lado do compatriota Thiago Silva.

Pouco espaço no Corinthians e passagem meteórica pela Roma

Campeão pelo Corinthians da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2012, Marquinhos teve pouco espaço na equipe comandada por Tite, que possuía Chicão e Leandro Castán como titulares e ainda contava com Paulo André e Wallace entre os reservas.

Durante o tempo em que ficou no Corinthians, Marquinhos esteve em campo apenas em 14 partidas, mas nem sempre como zagueiro. A versatilidade do jovem chegou a ser elogiada por Tite, que o incluiu entre os relacionados para a final da Libertadores de 2012, contra o Boca Juniors.

“Ele tem essa capacidade de versatilidade. Expliquei para ele que era importante. De repente, em uma situação, terei no banco um jogador que faz três funções. Ele é veloz, me lembra o Córdoba. Eles têm até o mesmo biotipo”, afirmou Tite, depois de um clássico com o Santos pelo Campeonato Paulista, em que Marquinhos foi titular.

A falta de espaço no Corinthians fez com que Marquinhos aceitasse a proposta da Roma e fosse emprestado ao clube italiano pouco depois da conquista da Libertadores. Na época, o Timão recebeu 1,5 milhão de euros e fixou o valor de compra em 3,5 milhões de euros, que seria executada caso o zagueiro convencesse na Itália. E não precisou de muito tempo para isso.

A estreia na Roma aconteceu um mês depois de sua chegada, mas, a partir daí, a titularidade foi questão de tempo. Se no início colocou Leandro Castán no banco de reservas, posteriormente atuou ao lado do compatriota, primeiro sob o comando de Zdenek Zeman e depois do interino Aurelio Andreazzoli.

Quando Zeman era o técnico da Roma, Marquinhos sofreu, pois o treinador sempre foi adepto do estilo “muitos gols feitos e muitos sofridos”. Ao mesmo tempo em que contava com um dos melhores ataques do campeonato, a equipe possuía a segunda pior defesa. Nos últimos três jogos em que o comandante esteve no clube, foram duas derrotas e um empate, com 10 gols sofridos.

Apesar das dificuldades e da adaptação, a temporada de Marquinhos foi considerada boa e atraiu a atenção de clubes como Barcelona, Manchester United e PSG. O último acabou vencendo a disputa, depois de a Roma dizer que só faria negócio por um alto valor. No fim das contas, a transação fez do zagueiro o quarto mais caro da história do futebol, naquele momento.

“Para mim, é uma etapa profissional muito importante. É um degrau necessário na minha evolução. Busco progredir pessoal e profissionalmente, portanto estou muito feliz por estar aqui (no PSG) hoje”, afirmou Marquinhos, ao site do PSG, no dia de sua apresentação.