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Real Madrid pode ter encontrado o caminho, mas precisa pôr o pé na forma

Do UOL, em São Paulo

15/04/2015 05h00

O Real Madrid de 2015 não encanta desde os primeiros minutos do ano. Cristiano Ronaldo caiu, o time foi assombrado por lesões e chegou a ser goleado pelo Atlético de Madri. A chave aparentemente virou no jogo contra o Barcelona, quando o time perdeu (finalmente) jogando bem. Pode ser, só que para acertar de vez o time ainda precisa colocar o pé na forma.

Os erros nas finalizações e a incapacidade de matar um jogo quando está dominando ainda assombram o Real Madrid atual, que empatou por 0 a 0 contra o Atlético de Madri no jogo de ida das quartas da Liga dos Campeões. O duelo foi um retrato do atual problema de Cristiano Ronaldo e companhia.

No primeiro tempo, o Real Madrid chegou a ter 71% da posse de bola, encurralou o Atlético de Madri no campo de ataque e dominou completamente o jogo. Teve chances claras com Bale e Benzema e levou perigo de longe com James. Só que parou em Oblak, goleiro rival que terminou a partida com oito defesas, eleito o melhor em campo pela Uefa.

Para se ter uma ideia, Oblak fez só duas defesas a menos que Hart no fatídico jogo da eliminação do Manchester City, em que o inglês parou Neymar, Messi e Suárez diversas vezes. Depois do 0 a 0, Ancelotti, ressaltou que o time deveria ter matado a partida.

“O 0 a 0 é o melhor resultado dos piores”, definiu o técnico. Ele não quis, porém, atacar diretamente seus jogadores quando foi questionado sobre a pontaria. “É difícil dizer, são pequenos detalhes. Tivemos oportunidades porque fizemos um grande trabalho ofensivo, mas são pequenas coisas”, disse Ancelotti depois do jogo, segundo o AS.

Essas pequenas coisas já fizeram falta no “jogo da virada”. Contra o Barcelona, o Real ainda não estava bem e enfrentava um rival embalado. Com Modric no meio ao lado de Kroos, Isco e Bale, surpreendeu ao dominar o meio-campo. Deu 13 chutes, alguns em condição clara de gol, e só acertou quatro no gol. No fim, foi punido com o gol de Suárez, que deu a vitória ao Barça.

O que falta, portanto, é o instinto assassino do 9 a 1 contra o Granada, há duas semanas, ou a precisão do 3 a 0 contra o Liverpool, fora de casa, na primeira fase da Liga dos Campeões. Se aliar isso à formação tática atual, o Real Madrid pode, enfim, dizer que entrou nos trilhos de novo.