Capas de jornais, grito da torcida, entrevista e gols. A sensação de momento no Barcelona é Luis Suárez. O atacante uruguaio agora vive ano maior que o de Neymar no clube e carrega a fama de jogador de decisão. Ele comando o time no duelo de volta das quartas de final da Liga dos Campeões, contra o PSG, às 15h45 (com transmissão ao vivo do Placar UOL Esporte), no Camp Nou.
No jogo de ida em Paris, Suárez foi a estrela da vitória por 3 a 1 que deixou o Barça próximo da semifinal. O que ficou marcado foram as duas “canetas” em David Luiz que originaram os dois gols marcados. Naquele dia, o uruguaio ultrapassou Neymar em número de gols em 2015.
Como também marcou na vitória por 2 a 0 contra o Valencia no final de semana, pelo Campeonato Espanhol, o camisa 9 chegou a 16 gols em 2015, em 24 partidas disputadas – média de 0,66 por jogo -. Neymar está com 14 gols, em 23 jogos – média de 0,61. O líder do ano é Messi, com 23 gols, em 24 jogos – média de 0,96.
“Não me importo com número de gols, não penso em artilharia. O que me deixa feliz é que sinto que evoluí e agora percebo que ajudo meus companheiros com gols e assistências. Estou trabalhando para crescer ainda mais”, avisou Suárez.
Na Liga dos Campeões, Suárez tem seis gols marcados, em seis partidas disputadas. A média de um por jogo é maior que a do artilheiro Messi, com oito gols, em nove partidas. A estatística ajuda na construção do status de decisivo.
Jornais e programas de rádio e televisão na Catalunha destacam o fato de Suárez ser o único com gols nos dois confrontos de eliminatórias da Liga dos Campeões, contra Manchester City (marcou dois, dos três do time) e PSG. Além disso, também balançou a rede nos duelos considerados vitais na reta final do Campeonato Espanhol, diante do Real Madrid (vitória por 2 a 1) e Valencia.
“Suárez surge quando o Barça precisa. O espírito decisivo lembra o de Samuel Eto´o. O camaronês conquistou as Champions de 2006 e 2009 com atuações determinantes na reta final. É o mesmo caminho que está sendo feito por Suárez”, cita a reportagem intitulada “o melhor 9 desde Eto´o” do jornal catalão Sport da segunda-feira.
A fase de Suárez na temporada contrasta com o sofrimento inicial. O primeiro gol só foi feito no sexto jogo pelo clube. Em 2014, foram apenas três, em dez partidas – média de 0,3 por jogo. Em nada ele lembrava o goleador do Liverpool, autor de 31 gols no Campeonato Inglês na temporada passada, e por isso ganhador da Chuteira de Ouro como maior goleador das grandes ligas europeias, ao lado de Cristiano Ronaldo, do Real Madrid.
“Eu sofri bastante com o meu começo. Sou autocrítico e sabia que não conseguia ajudar o meu time. Nesse momento me amparava na minha mulher, meus filhos, e buscava forças para seguir determinado. Consegui atingir um nível de satisfação”, comentou.
A grandeza de Luis Suárez no Barcelona atualmente também é demonstrada pelo carinho da torcida. O grito “uruguaio, uruguaio” virou o mais alto do Camp Nou nos jogos mais recentes do time.
Com toda essa importância, a UEFA, organizadora da Liga dos Campeões, escolheu o camisa 9 para dar a entrevista do Barcelona de véspera de jogo. O produto Suárez está forte. E Neymar, ao menos no momento, é a terceira força do Barça.
“Quando eu cheguei aqui, era um pouco tímido. Só que eles (Neymar e Messi) me falaram para eu jogar como atuava no Liverpool. Eles são felizes, me ajudam e sou muito satisfeito em formar esse trio de ataque”, destacou o uruguaio.
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