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Juventus se fecha, segura o Monaco e está na semifinal da Liga após 12 anos

Do UOL, em São Paulo

22/04/2015 17h37

A Juventus fez o que precisava fazer. Com a vantagem de 1 a 0 conquistada na partida de ida, dentro de casa, a equipe fez jus a tradição defensiva e segurou o 0 a 0 com o Monaco, no Estádio Louis II, na França, nesta quarta-feira (22), pelas quartas de final da Liga dos Campeões. O resultado coloca o clube da Itália na semifinal depois de 12 anos – a última vez havia sido na edição 2002/03, quando ficaram com o vice-campeonato.

Sem poder contar com Pogba machucado e em um dia em que seu meio-campo composto por Arturo Vidal, Claudio Marchisio e Andrea Pirlo pouco rendeu, a “Velha Senhora” optou por se fechar em seu campo de defesa e tentar conter o ímpeto francês. Por diversas vezes, a tática ficou em risco por causa de erros de saída de bola da própria Juventus.

No fim das contas, o “catenaccio” (estratégia composta por uma defesa sólida e um contra-ataque veloz) falou mais alto e o sistema defensivo colocou a Juventus na semifinal da Liga dos Campeões. O adversário da próxima fase será conhecido no sorteio que será realizado na próxima sexta-feira (24).

Eliminado, o Monaco volta suas atenções ao Campeonato Francês. Na terceira colocação, a equipe não tem grandes chances de ser campeã, mas precisa garantir vaga na próxima edição da Liga dos Campeões – o time está apenas dois pontos à frente do Olympique de Marselha, primeiro fora da zona de classificação para o torneio.

Fases do jogo

Precisando tirar a cantagem da Juventus e contando com o apoio de sua torcida, o Monaco partiu para cima da equipe italiana durante o primeiro tempo. Nas vezes em que esteve mais próximo de abrir o placar, o clube francês apostou em Kondogbia.

Logo aos cinco minutos, o francês recebeu na entrada da área e soltou a bomba. A bola passou muito perto do gol de Buffon, que, imóvel, apenas torcera para ela ir para fora. Aos 19, o mesmo Kondogbia se livrou da marcação de Pirlo e chutou forte para uma boa defesa do goleiro italiano.

No primeiro tempo, Kondogbia ainda esteve envolvido em um lance polêmico com Arturo Vidal e Giorgio Chiellini. Aos 35 minutos do primeiro tempo, o atacante tentou invadir a área entre os dois marcadores, mas acabou caindo no gramado. O time francês pediu o pênalti, mas o árbitro William Collum mandou seguir.

A Juventus só conseguiu assustar o Monaco pela primeira vez faltando um minuto para o término do primeiro tempo. De fora da área, Tévez soltou a bomba, mas a bola passou à esquerda do gol de Subasic.

Sem conseguir abrir o placar e precisando de dois gols para avançar, o Monaco resolveu arriscar e voltou para o segundo tempo com uma formação diferente. O meia Toulalan deixou a partida e deu lugar ao atacante búlgaro Berbatov.

A mudança quase deu resultado aos 9 minutos do segundo tempo. Depois de mais uma bobeada da defesa italiana, Berbatov saiu na cara do gol de Buffon, mas o goleiro conseguiu desarmar o atacante e evitar o primeiro gol francês.

Sem precisar balançar as redes, a Juventus ainda conseguiu ser mais perigosa que o Monaco no final da partida. Em cobrança de falta, Pirlo acertou o travessão de Subasic e, por pouco, não tirou o zero do marcador.

Conforme o tempo ia passando, a ansiedade começava a tomar conta dos jogadores do Monaco, que cada vez menos conseguiam chegar com perigo ao gol de Buffon. Sendo assim, a partida não poderia terminar de outra maneira: empate sem gols e Juventus classificada para a semifinal da Liga dos Campeões.

Melhor: Sistema defensivo da Juventus. Apesar de nenhum dos integrantes da defesa da equipe italiana ter tido um desempenho impecável, fez o necessário para que o Monaco não conseguisse incomodar Buffon. A prova disso foi que o time francês conseguiu finalizar apenas uma vez no gol italiano, sendo que outros 11 chutes foram para fora.

Pior: Andrea Pirlo.Assim como aconteceu na primeira partida contra o Monaco, Pirlo errou muitos passes chaves e não conseguiu dar o ritmo esperado ao ataque da Juventus. Nem mesmo a mudança tática para o 3-5-2, que deixou o meia com menos responsabilidades defensivas, fez com que Pirlo tivesse um desempenho melhor no duelo.

Outros destaques

Novo recorde: O cartão amarelo recebido por Chiellini no primeiro minuto da partida não só é o mais rápido da atual edição da Liga dos Campeões, como também o mais rápido de um clube italiano e de um jogador da Itália em toda a história da competição, de acordo com o twitter especializado @MisterChip.

Paredão italiano: Em mais uma partida sem sofrer gols, Buffon chegou ao sétimo jogo seguido sem ter suas redes balançadas. A última vez que isso aconteceu foi em 2 de março, no empate em 1 a 1 com a Roma, pelo Campeonato Italiano.

A Itália voltou: Desde a edição 2009/10, quando a Inter de Milão conquistou o título, a Itália não conseguia ter um representante na semifinal da Liga dos Campeões.