D. Alves contraria expectativa, afina parceria com Messi e cresce na hora H

Uma Copa do Mundo trágica, o futuro indefinido com o contrato por terminar e a queda de rendimento nas últimas temporadas prometiam um ano dramático para Daniel Alves. Na contramão das expectativas, o lateral se supera, afina a parceria histórica com Lionel Messi e vira peça importante para o Barcelona que joga, nesta terça, às 15h45, para confirmar a vantagem contra o Bayern de Munique em busca de uma vaga na final da Liga dos Campeões. 

Se o time catalão pode perder por dois gols em Munique, é também porque Daniel Alves roubou a bola de Bernat no segundo tempo do primeiro jogo, pegando a zaga do Bayern de surpresa para que Messi pudesse abrir o placar com um chute de fora da área. Foi ele, de novo, quem achou um lançamento preciso para Suárez ganhar dos zagueiros do Real Madrid e fazer 2 a 1 para os catalães no Superclássico do segundo turno, fundamental para encaminhar o título espanhol da equipe.

Daniel Alves teve seus momentos ruins, é verdade, como quando chutou uma garrafa ao ser substituído por Luis Enrique ou quando falhou em uma surpreendente derrota para o Málaga. O desempenho contra os maiores rivais, o histórico e a falta de rivais na posição, porém, pesam a favor do lateral.

Ao longo do ano, o técnico e o presidente do Barcelona repetiram diversas vezes que Daniel Alves é importante. O impasse continua, é verdade, mas a negociação tem mais a ver com quanto o brasileiro quer ganhar e por quanto tempo do que com o desempenho dele. Montoya e Douglas, seus reservas, não ameaçaram a titularidade em momento algum, e figuras importante do time como o zagueiro Piqué já ressaltaram a importância do lateral na história do clube.

Só que nenhuma opinião deve pesar mais a favor de Daniel Alves que a de Lionel Messi. “Todo mundo se dá bem. Eu sempre fui mais próximo de Dani Alves, desde que dividimos o lado direito do campo juntos, quando eu cheguei ao Barcelona. Nós passamos muito tempo juntos dentro e fora de campo. Dia a dia e temos uma grande amizade”, disse o argentino há quase um mês, em entrevista à revista FourFourTwo.

E engana-se quem pensa que isso se limita ao que acontece dentro do gramado. “Eu dei mais passes para gols de Messi que qualquer um no Barcelona. Isso é um fato. O cruzamento para o gol número 400 do Messi foi meu. No primeiro Mundial do Barça, o gol do Léo que nos deu a vitória saiu de um cruzamento meu. Muitas pessoas podem não gostar, mas está lá para todos verem”, disse o lateral, que deu cerca de 40 assistências para o argentino ao longo da carreira.