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Atlético engole Barça no 1º tempo, segura pressão e avança à semi

Simeone e Luis Enrique se cumprimentam - Sergio Perez/Reuters - Sergio Perez/Reuters
Imagem: Sergio Perez/Reuters

Do UOL, em São Paulo

13/04/2016 17h36

O primeiro tempo deu a impressão que seria missão fácil, mas o Atlético de Madri precisou sofrer para segurar a vitória por 2 a 0 sobre o Barcelona que classificou o time da capital espanhola à semifinal da Liga dos Campeões. A partida desta quarta-feira (13), no Vicente Calderón, ficou marcada pelos contra-ataques da equipe mandante, muito mais eficaz que o rival, que teve a bola à sua disposição por mais tempo.

Classificado, o time madrileno aguarda agora o sorteio que definirá quem será o adversário na semifinal da Liga dos Campeões. O evento será realizado na próxima sexta-feira (15), em Nyon, na Suíça, às 6h30 (de Brasília).

Quem brilhou: a transição ofensiva do Atlético

É difícil apontar individualidades no elenco do Atlético de Madri, que funciona muito bem como conjunto. O destaque da equipe foi a veloz transição até a finalização contra a meta de Ter Stegen. Com o veloz Griezmann, autor de um gol, como único atacante, o time apostou em jogadas de poucos passes para pegar o adversário desorganizado atrás, a fim de tentar o gol o quanto antes. Um contra-ataque veloz originou o segundo gol do time mandante, resultando em bola na mão de Iniesta que resultou em pênalti, convertido também por Griezmann.

Messi contra o Atlético de Madri no Vicente Calderón - Curto De La Torre/AFP Photo - Curto De La Torre/AFP Photo
Imagem: Curto De La Torre/AFP Photo

Quem foi mal: Messi, um fantasma no primeiro tempo

Messi vinha de quatro jogos sem balançar as redes, uma sequência que não lhe ocorria desde maio de 2011. O último gol feito pelo argentino foi 499º da carreira, fato que deixa ainda mais simbólico o sumiço do camisa 10 no Vicente Calderón. O jogador foi um fantasma no primeiro tempo, escalado na sua posição tradicional. No segundo, saiu da ponta direita e tentou criar no meio-campo dos catalães - o que não ocorreu nos 45 minutos iniciais.

O desempenho do Barcelona: apático

O jejum de Messi é um retrato do momento do clube. O Barcelona teve a bola por muito mais tempo que o Atlético, porém nada fazia com ela exceto algumas jogadas individuais de Neymar, sem grande sucesso. Enquanto o brasileiro tentava algo, seus companheiros de time entraram em campo com uma postura apática, sem objetividade e pouquíssima eficiência nas trocas de passe. Um espelho do adversário, letal nas oportunidades que tinha. Sem criar perigo na etapa inicial, o Barça cresceu no segundo tempo, com Messi deixando sua posição usual para armar o jogo.

O jogo do Atlético de Madri: determinado para se classificar

A vitória era necessária e o Atlético de Madri se portou como um clube que buscava isso. No papel de time "menor" desta eliminatória, o time da capital foi agressivo, dominando os minutos inicias da partida de modo surpreendente, já que o Barcelona costuma controlar o jogo com seu estilo "tiki-taka". Os mandantes não tinham a posse de bola, mas eram quem criava chances de gol perigosas. Foi com um desarme no campo de ataque e transição rápida até a finalização que o Atlético saiu na frente com Griezmann. Faltou perna para manter o ritmo acelerado na etapa complementar, quando a intensidade dos madrilenos caiu, o time continuasse levando perigo a Ter Stegen.

Luis Enrique aposta na continuidade, sem sucesso

O técnico do Barcelona repetiu a escalação que lhe deu muito sucesso na temporada passada e no início da atual. No entanto, a falta de alternativas de jogo ficou evidente quando sua principal referência, Messi, sumiu, e os outros destaques não assumiram o protagonismo. No banco de reservas, não havia alternativas para mudar a cara do jogo. Luis Enrique optou por mu

Sem Fernando Torres, Diego Simeone melhora equipe

A expulsão de Fernando Torres atrapalhou o Atlético de Madri na ida, no Camp Nou. Mas mesmo com ele em campo, a equipe madrilena não esteve tão bem como nesta quarta-feira (13). Sem o centroavante de origem, Simeone escalou uma equipe mais veloz, capaz de atacar em poucos toques.

Pênalti não marcado no fim poderia levar jogo à prorrogação

O relógio marcava 45min do segundo tempo quando Gabi colocou a mão na bola dentro da área do Barcelona. O árbitro Nicola Rizzoli marcou falta, do lado de fora da área. Messi cobrou, sobre o gol de Oblak.

FICHA TÉCNICA

Atlético de Madri 2 x 0 Barcelona

Data: 13/4/2016
Local: Vicente Calderón, em Madri (Espanha)
Hora: 15h45 (de Brasília)
Cartão amarelo: Gabi, Godín (Atlético de Madri); Suárez, Neymar, Iniesta, Arda Turan (Barcelona)
Gols: Griezmann, 36' do primeiro tempo e 42' do segundo tempo

Atlético de Madri: Oblak, Juanfran, Godín, Lucas Hernández e Filipe Luís, Augusto (Savic), Gabi, Koke, Saúl e Carrasco (Partey); Grizmann (Correa)
Técnico: Diego Simeone

Barcelona: Ter Stegen, Daniel Alves (Sergi Roberto), Mascherano, Piqué e Jordí Alba; Busquets, Rakitic (Arda Turan) e Iniesta; Messi, Suárez e Neymar
Técnico: Luis Enrique