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Destaques (positivos e negativos) da Champions vão de Neymar a Júlio Cesar

Julio Cesar: titular do Benfica na goleada de 5 a 0 sofrida para o Basel - Peter Klaunzer/Keystone via AP
Julio Cesar: titular do Benfica na goleada de 5 a 0 sofrida para o Basel Imagem: Peter Klaunzer/Keystone via AP

Do UOL, em São Paulo

28/09/2017 04h00

A segunda rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões foi boa para os brasileiros. Ou quase. Entre os selecionáveis de Tite para a seleção brasileira, a maioria venceu (e se destacou) em seus clubes. Outros, fora do radar do técnico, sofreram (sim, estamos falando do veterano goleiro Julio Cesar).

Neymar discreto com um gol e uma assistência

A vitória do PSG por 3 a 0 sobre o Bayern de Munique é o maior exemplo de como as expectativas em cima de Neymar estão ficando quase inatingíveis. O brasileiro deu uma assistência brilhante para Daniel Alves abrir o placar, marcou o terceiro gol do time parisiense  e ainda “fez as pazes” com Cavani após gol do uruguaio. Mesmo assim, acabou ofuscado. A revista SoFoot, por exemplo, disse que ele “não foi brilhante”.

Marquinhos, Thiago Silva e Lewandowski, a batata quente
Thiago Silva e Lewandowski - Benoit Tessier/Reuters - Benoit Tessier/Reuters
Imagem: Benoit Tessier/Reuters

No mesmo jogo, a dupla de zaga do PSG se destacou. A France Football elegeu Thiago Silva o mais importante em campo e disse que o brasileiro teve sua “primeira performance dominante” desde o desastre do 6 a 1 contra o Barcelona, na Champions da temporada passada. Já a SoFoot afirmou que Marquinhos e Thiago lidaram com maestria com “a batata quente chamada Lewandowski”.

Paulinho: 15 minutos de destaque

No Barcelona, o técnico Ernesto Valverde fez mudanças no time que enfrentaria o Sporting (e venceu por 1 a 0) e colocou um meio-campista no lugar de um atacante. O escolhido, porém, não foi Paulinho. Sergi Roberto entrou no lugar de Deulofeu e foi bem. Mas se engana quem acha que o brasileiro se deu mal. Paulinho entrou nos 15 minutos finais, quando o Barcelona era pressionado, e foi vital para segurar o resultado. “Tudo bem que Paulinho teve a bola do jogo para fazer 2 a 0 e selar a vitória, mas com o Sporting pressionando, ele conseguiu roubar várias bolas e tranquilizou o time”, analisou o Mundo Deportivo.

Liverpool e o Fab Four (com Coutinho e Firmino)
Coutinho comemora gol contra o Spartak - Ivan Sekretarev/AP - Ivan Sekretarev/AP
Imagem: Ivan Sekretarev/AP

Na terça-feira, o melhor dos brasileiros foi Philippe Coutinho. Foi dele o gol de empate do Liverpool contra o Spartak. Foram para ele, também, os elogios da imprensa inglesa, que disse que, com o meia da seleção em campo, o “Liverpool é um time com muito mais classe”. Mais importante, porém, foi a primeira vez do Fab Four de Jurgen Klopp começando uma partida.

O quarteto em questão é formado por Coutinho, Mane, Salah e Firmino. Os quatro são responsáveis por cerca de três a cada quatro gols que o Liverpool marca, mas juntos ainda não se acertaram. Contra o time russo, a falta de precisão nas finalizações fez diferença, já que as oportunidades foram criadas. Firmino acabou sendo o “patinho feio” do grupo: o Liverpool Echo disse que ele foi o “menos efetivo” do Fab Four.

Fernandinho vira a “cola” do City

Se em Liverpool o quarteto ainda busca uma solução para jogar melhor, na vizinha Manchester um time já encontrou a sua “cola”. Segundo o Mirror, o brasileiro Fernandinho é o elemento que mantém unido o Manchester City de Pep Guardiola. “Ele é o herói subestimado, se sacrificando pelo time. Tem qualidade para jogar mais à frente no meio-campo, mas abre mão disso para jogar na contenção de jogadas para que companheiros como De Bruyne e [David} Silva tenham liberdade para atacante”. Segundo o jornal, o volante reserva de Tite na seleção brasileira foi “extraordinário e deu ao ataque do City a segurança necessária” para vencer o forte Shakhtar – a partida terminou 2 a 0 para os ingleses.

Jesus, elogiado até por não gostar de substituição
Guardiola consola Jesus em substituição - AP Photo/Rui Vieira - AP Photo/Rui Vieira
Imagem: AP Photo/Rui Vieira

Gabriel Jesus está em lua de mel com torcida e imprensa na Inglaterra. Autor de cinco gols em sete jogos do Manchester City na temporada, ele fez uma partida discreta contra o Shakhtar (jogando como ponta, não centroavante) e foi substituído. O Guardian, um dos jornais mais respeitados da Inglaterra, elogiou: “É sempre bom ver que os jogadores ficam abatidos quando não jogam bem”, escreveu o jornal.

Julio Cesar no centro do desastre do Benfica

Iniciando o bloco (pequeno) dos jogadores brasileiros que não foram bem chega o goleiro Julio Cesar, veterano de três Copas do Mundo, campeão da Liga dos Campeões com a Inter de Milão e goleiro titular do Benfica em uma das piores derrotas da história do time português em torneios europeus. Os atuais campeões lusos levaram 5 a 0 do Basel: foi a primeira derrota do Benfica na Suíça na história.

O jornal Público cornetou o goleiro superficialmente, questionando sua agilidade no primeiro gol do Basel. As maiores críticas ficaram com a dupla de zaga à frente de Júlio César, também de brasileiros. Segundo o jornal, Jardel e Luisão (ex-Cruzeiro) formaram uma “defesa lenta e estática”. Além disso, a capacidade de Jonas encarar a maratona Champions/Campeonato Português foi questionada: “não terá pernas para fazer dois jogos por semana”.

Ingleses temem volta do "velho" David Luiz

Quando o Chelsea vendeu David Luiz para o PSG, em 2014, a torcida não lamentou muito. Na Inglaterra, o zagueiro era considerado talentoso, mas propenso a erros. Na temporada passada, ele voltou a Londres e, mais maduro (e protegido por um sistema de três defensores), foi o grande nome da defesa do Chelsea no título da Premier League.

Contra o Atlético de Madri (vitória do Chelsea por 2 a 1), porém, cometeu um pênalti e as críticas não pararam. A mais completa foi essa do ex-zagueiro da seleção inglesa Danny Mills na BBC: “A temporada passada de David Luiz foi excepcional, mas nesta ele já foi expulso uma vez e tomou uma decisão muito errada nesse pênalti”, disse. “Foi um puxão tolo e agora o time precisará trabalhar muito mais. É por ações como essa que ele é muito criticado pela imprensa”.

Douglas Costa segue decepcionando

Para fechar a lista, Douglas Costa segue com problemas para se firmar na Juventus. O brasileiro, que veio do Bayern de Munique, foi titular na vaga de Higuain (Mandzukic foi deslocado para o meio da área) e, segundo o Corriere dela Sera, “precisou de 30 minutos para se aquecer, no estilo carro velho a diesel”. “Vai bem na composição lateral, mas permanece abaixo das expectavas”, analisou o jornal.