Topo

Mineiro - 2019

Cruzeiro 'aproveita' polêmica na vitória do Atlético para defender árbitros de fora em clássico

Presidente do Cruzeiro, Gilvan Tavares, quer arbitragem de fora nos próximos clássicos - Bernardo Lacerda/UOL Esporte
Presidente do Cruzeiro, Gilvan Tavares, quer arbitragem de fora nos próximos clássicos Imagem: Bernardo Lacerda/UOL Esporte

Guyanne Araújo

Do UOL, em Belo Horizonte

06/03/2012 08h00

O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, aproveitou a polêmica envolvendo a arbitragem do jogo em que o Atlético-MG venceu o América-MG, por 2 a 1, no último domingo, para dizer que o seu clube defende árbitros de fora do estado para os próximos clássicos do Mineiro. Ele revelou essa posição ao ser indagado sobre a arbitragem do confronto entre os rivais e disse que houve ‘erro clamoroso’ contra o time americano.

“Eu sempre fui defensor da arbitragem mineira, mas também sempre pugnei para que nos clássicos a gente traga juiz de fora, por uma razão muito simples: o nosso futebol é muito centralizado, entres os três clubes. Existe um medo muito grande dos árbitros que apitam os clássicos e ocorre muito erro e falha nesses jogos. Quando ocorre com arbitro de fora, todos tem que aceitar porque foi sempre decisão dos dois clubes que resolveram pedir e solicitar”, argumentou.

O lance da expulsão do volante Leandro Ferreira pelo árbitro Igor Júnio Benevenuto aconteceu ainda no primeiro tempo quando a partida estava 0 a 0. Na etapa final, o América saiu na frente, mas o Atlético-MG conseguiu a virada por 2 a 1. Para o presidente do Cruzeiro foi um erro de arbitragem a expulsão que classificou como ‘clamoroso’ e precipitado.

“Eu assisti o jogo, achei um erro clamoroso do arbitro, ele precipitou numa jogada que estava na defesa do campo adversário, não era de jogada ataque, não tinha menor possibilidade de aquele atleta (Richarlyson) fazer o gol, o atleta do América tentou apenas cortar uma bola, se não acertou na bola é porque o atleta do Atlético tirou a bola antes, se errou o tempo da bola, não visou o adversário”, comentou. “Ficou nítido na jogada que não houve intenção de atingir o adversário, não era lance para cartão vermelho, no máximo para amarelo”, complementou.

Para Gilvan Tavares, a expulsão na partida foi determinante para a derrota do América-MG. “Foi uma precipitação do árbitro e essa precipitação do árbitro foi determinante para o resultado da partida. Em um calor daquele o time jogar com um a menos desde os 39 minutos do primeiro tempo é humanamente impossível os outros conseguir suportar tanto tempo com o desfalque de um atleta”, salientou.

Ao ser perguntado se o Cruzeiro aceita a escalação de um árbitro de fora no clássico contra o América-MG, o presidente cruzeirense foi enfático e objetivo: “Tranquilamente. Cruzeiro e América se enfrentam em 25 de março, às 16h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Rigoroso

Ao analisar a atuação do trio de arbitragem do clássico, formado por Igor Júnior Benevenuto e pelos assistentes Guilherme Dias Camilo e Breno Rodrigues, o diretor de árbitro da Federação Mineira de Futebol (FMF), José Eugênio, houve rigor na expulsão do volante Leandro Ferreira.

“Os assistentes foram muito bem, sem problema nenhum. O Igor também foi muito bem, único senão, se é que pode dizer assim foi a expulsão do atleta número 5 do América (Leandro Ferreira), que na minha opinião seria para um cartão amarelo, mas o Igor, dentro de campo, a interpretação foi dele e no calor do jogo, interpretou que seria falta para vermelho e aplicou assim”, avaliou.

“Vendo pela televisão até a gente pensa que poderia ser cartão vermelho mesmo, mas no campo, vendo a situação do jogo como o atleta entrou no adversário, de forma temerária, para mim seria cartão amarelo. Conversei com o Igor, que vai trabalhar esta semana em cima de interpretação”, disse José Eugênio. “Ele foi rigoroso apitando o cartão vermelho, mas entendo a situação dele que dentro de campo a interpretação dele foi para vermelho”, acrescentou.