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Mineiro - 2019

Atlético vai ao governador contra contrato do Mineirão e prega união com Cruzeiro

Governador Antonio Anastasia, ao lado da presidenta Dilma Rousseff, receberá Kalil - Rodrigo Lima/UOL
Governador Antonio Anastasia, ao lado da presidenta Dilma Rousseff, receberá Kalil Imagem: Rodrigo Lima/UOL

Do UOL, em Belo Horizonte

05/01/2013 11h36

Depois de recusar proposta para o Atlético-MG atuar no Mineirão, que será reaberto em 3 de fevereiro, no clássico com o rival Cruzeiro, o presidente Alexandre Kalil disse que levará ao governador de Minas, Antonio Anastasia, o contrato oferecido pelo consórcio Minas Arena, que administra o estádio da Pampulha.

Em entrevista a Rádio Itatiaia, o dirigente atleticano voltou a atacar a proposta apresentada pela Minas Arena. Segundo Kalil, o contrato apresentado pela concessionária é “imoral” e levará o futebol mineiro à “falência”.

“O Mineirão não é dos mineiros. O Atlético e o Cruzeiro são dos mineiros. O Mineirão é de uma empresa privada que quer liquidar o futebol mineiro. A brincadeira é algo em torno de três bilhões de reais, e eu estou dizendo aqui porque estudamos os números. Estamos marcados com o governador para ver o horror que é o contrato que estão oferecendo no Mineirão”, observou o presidente atleticano.

O Cruzeiro assinou, no final de 2012, contrato com a Minas Arena para os próximos 25 anos. Pelo acordo, o clube celeste terá participação na arrecadação referente à venda de ingressos e no estacionamento do estádio, além de ter um bar temático e um museu no local.

Alexandre Kalil disse que tentará mudar o contrato proposto pela Minas Arena com ajuda do governo de Minas. “A torcida do Cruzeiro pode ficar tranquila porque esse contrato pífio que foi feito com o Cruzeiro vai ser modificado também, porque é obrigado, se fizer o do Atlético, fazer o do Cruzeiro”, observou.

O presidente atleticano pregou a união com o rival para que o contrato do Cruzeiro. “Não é Atlético contra Cruzeiro. Cabe ao Cruzeiro entender isso. É Atlético e Cruzeiro, que são patrimônio do povo mineiro contra uma empresa privada. Esse é o embate. O Atlético abraçar o Cruzeiro contra uma empresa privada”, disse.

“Vamos ser liquidados pela imoralidade que estão tentando fazer no futebol mineiro. Isso são números, eu não vou divulgar antes por questão de lealdade e amizade com o governador. Já estou marcado com ele, vou levar os números, que são absurdos”, acrescentou Kalil.

O Atlético já definiu que irá mandar seus jogos da fase de grupos da Libertadores no estádio Independência, onde tem um acordo de exploração comercial assinado com a BWA, empresa que explora o estádio.

“Estão fazendo essa celeuma com o objetivo único de levar o Atlético, na marra, para o Mineirão. O que eu quero dizer para a torcida mineira é que do jeito que está não vai ficar, nem para o Atlético, nem para o Cruzeiro. O que está hoje é um desastre para o futebol mineiro. No edital diz isonomia, o que for feito pelo Atlético será feito para o Cruzeiro e vice-versa”, ressaltou o presidente do Atlético.