Após dois anos fechado, Mineirão vira fator de cisão entre rivais Cruzeiro e Atlético-MG
Orgulho do estado para a Copa do Mundo de 2014, o Mineirão, cujas obras foram entregues em dezembro último e que terá como primeiro jogo o clássico Cruzeiro e Atlético-MG, em 3 de fevereiro, tornou-se um impensável fator adicional na eterna rivalidade dos dois clubes. No Campeonato Mineiro, que se inicia no primeiro final de semana do mês que vem, o Mineirão será, pela primeira vez, a casa de apenas um dos grandes.
Somente o Cruzeiro mandará seus jogos no ‘Gigante da Pampulha’. O Atlético-MG, que não chegou a acordo financeiro com a Minas Arena, consórcio que construiu e administrará o novo estádio por 25 anos, garante que o seu campo de jogo, não apenas no Estadual, mas também na fase de grupos da Libertadores, é o Independência. O estádio do Horto foi também totalmente modernizado e reinaugurado em abril do ano passado.
“O Cruzeiro manda onde quiser seus jogos, o Atlético manda onde quiser também, ninguém vai obrigar o Atlético a jogar no Mineirão. Vamos jogar no Independência, onde já jogamos 2012 e fomos bem. Não tem polêmica”, disse o presidente alvinegro, Alexandre Kalil, no começo de 2013, confirmando que o Independência será a “casa atleticana”.
Parceiro comercial da BWA, empresa que venceu a licitação para administrar o Independência, o Atlético-MG transformou o novo estádio em uma espécie de Caldeirão e se manteve invicto desde a reinauguração. Ali, o alvinegro mineiro foi campeão estadual em 2012 e fez ótima campanha no Brasileirão, sem sofrer derrotas. Em 19 jogos, foram 14 vitórias e cinco empates.
Já o Cruzeiro firmou acordo com a Minas Arena e assinou contrato de exclusividade por 25 anos, que a diretoria do clube avalia como altamente vantajoso. “O Mineirão é a casa do Cruzeiro e vamos fazer todos os jogos no estádio, estamos contentes com o contrato assinado junto a Minas Arena”, afirmou o presidente celeste Gilvan de Pinho Tavares.
Para que o primeiro jogo do novo Mineirão, Cruzeiro e Atlético-MG fosse disputado com torcidas divididas dos dois rivais, foi necessária a intervenção do governador Antonio Anastasia, que convocou reunião, na última terça-feira, quando costurou um acordo em que o ‘Gigante da Pampulha’ será dividido meio a meio. Mandante da partida, o time celeste terá direito à renda integral.
Além disso, o governador mineiro determinou o fim dos clássicos com torcida única, que predominaram nos últimos dois anos, independente dos estádios em que forem disputados. Dessa forma, a Polícia Militar de Minas Gerais terá que garantir a segurança aos torcedores dos dois clubes.
A reunião com o governador, no entanto, não mudou a decisão do presidente Alexandre Kalil: o Atlético-MG mandará seus jogos no Independência, inclusive com o Cruzeiro. Não há um segundo clássico garantido no Mineiro deste ano. Como os 12 participantes se enfrentam em turno único, na fase de classificação, um outro confronto Cruzeiro e Atlético só aconteceria pela semifinal ou final.
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