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Falta vaga e sobra jogador no setor ofensivo do Cruzeiro. Confira!

Dionizio Oliveira

29/01/2014 11h30

Com a manutenção do elenco campeão brasileiro de 2013 e a chegada de reforços pontuais, a concorrência por vaga no Cruzeiro ficou ainda mais acirrada neste início de temporada. A disputa no quarteto ofensivo, por exemplo, chama a atenção pelo excesso de jogadores que brigam por um lugar no time celeste. 

O técnico Marcelo Oliveira possui 13 opções para quatro vagas. Com tanta fartura, o treinador preferiu apostar no que vinha dando certo e manteve o time que foi campeão brasileiro no ano passado no primeiro jogo da temporada, com o quarteto composto por Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Dagoberto e Borges.

Eleito craque do Brasileirão, Everton Ribeiro admitiu que não pode se acomodar diante da forte concorrência. “A gente brinca que, se der brecha, não volta mais. Todos que estão entrando ali têm que dar o seu melhor, porque a equipe reserva é muito forte", observou o meia.  

Além do experiente Júlio Baptista, que vem sendo muito testado por Marcelo Oliveira durante os jogos, e quer brigar por um lugar no time, outros três jovens também mostram que estão firmes na disputa. O meia Elber, por exemplo, foi o destaque nos jogos-treinos e marcou dois gols, um contra o Atlético-PR e outro contra o ASA, de Angola, a terça-feira.

Querendo se firmar no Cruzeiro, ele espera aproveitar as chances que tiver. “Nosso grupo é muito forte, os jogadores que vieram, vieram para somar. Vamos ter bastantes competições e cada um, na hora que entrar, vai ter que aproveitar a oportunidade”, afirmou o meia.

Outro jovem que subiu das categorias de base e vem buscando se consolidar no grupo do Cruzeiro é o meia Alisson, que começou o ano com grande participação pela seleção brasileira sub-21. Já no treino de terça-feira, ele deu boa movimentação ao time ao lado de Elber e Marlone.

Com apenas 21 anos, o meia-atacante, que era titular no clube carioca, ainda não estreou pelo Cruzeiro e vive uma situação distinta com a briga pela vaga. Ele demonstra tranquilidade, mas tem o objetivo traçado. “Quero chegar no sapatinho, sem empurrar ninguém, até porque manteve a mesma base do ano passado. Se eu falar que não quero ser titular, estou sendo hipócrita. Mas quero aproveitar a oportunidade quando tiver e ter uma sequência”, destacou.

Na dupla de atacantes a concorrência está ainda mais acirrada, com sete jogadores para duas vagas. Os experientes Borges e Dagoberto enfrentam as sombras de Marcelo Moreno e Willian. O primeiro é ídolo da torcida, que chegou como a contratação mais badalada e tenta recuperar o bom futebol no clube. Apesar da forte concorrência, Borges comemora o fortalecimento da equipe e o bom ambiente.

“Quem chega ao grupo se adapta muito fácil, não tem vaidade. Ficou nítido que todos que entraram deram conta do recado no ano passado. Não são só onze que decidem o jogo, muito pelo contrário. Inúmeras vezes jogadores que vieram de fora entraram muito bem. A gente já sabia da filosofia do Marcelo, temos um grupo fechado, unido. Em 2014, temos muitas chances de dar alegrias à nossa torcida”, afirmou Borges

Se Moreno é um antigo ídolo, o Willian virou uma espécie de xodó e é um dos jogadores mais queridos da torcida, que também tem muita simpatia por Dagoberto. Titular na maior parte do Brasileiro, o atacante minimiza a reserva e acredita que todos serão utilizados pelo treinador.

“São jogadores de qualidade, não tem time A e B, todos são titulares e tem sua importância. Como no ano passado, vai valer muito o grupo. A gente sabe que a oportunidade vai aparecer e o calendário vai exigir isso”, ressaltou Willian, referindo-se às quatro competições do Cruzeiro na temporada.

Além desses nomes, Marcelo Oliveira ainda conta com os atacantes Luan, que também vem sendo utilizado na lateral esquerda, Martinuccio, que quase não jogou no ano passado por causa de lesões, e Vinícius Araújo, que também se destacou no jogo da seleção brasileira sub-21 ao marcar, de pênalti, o gol do empate em 1 a 1 contra o México.