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Sob comando de Autuori, Atlético prioriza bola rasteira e reduz jogo aéreo

Do UOL, em Belo Horizonte

27/03/2014 17h15

Cada vez mais, o Atlético-MG de Paulo Autuori demonstra características diferentes em relação à época de Cuca, seu antecessor no comando técnico do alvinegro. Com futebol de toque de bola, valorizando a posse dela, o time atleticano vem trocando a maneira de fazer seus gols. Com o ex-comandante a bola aérea era mortal, com o atual técnico, a bola rasteira é a principal arma ofensiva.

A escalação do atual Atlético é muito parecida com a adotada por Cuca durante toda a temporada de 2013. Porém, a forma de jogar e as jogadas já não se assemelham mais. Com Autuori, o time fica mais com a bola, tem menos velocidade e faz a maioria dos seus gols em jogadas rasteiras, deixando a bola aérea, forte com o ex-comandante em segundo plano.

Dos 30 gols marcados sob o comando de Paulo Autuori, em 16 jogos em 2014, apenas cinco foram de cabeça pouco menos de 20%. Por outro lado, outros 22 tentos chegaram às redes adversárias com a bola rolando. Jô é quem melhor aproveitou as bolas aéreas, deixando a sua marca três vezes.

Com Cuca, a bola parada era sinônimo de gol. O treinador utilizava a estatura elevada da dupla de zagueiros, formada por  Réver e Leonardo Silva, além de Jô, como arma ofensiva. Em 2013, foram 47 gols que saíram pelo alto, com o trio responsável pela grande maioria dessas jogadas.

Velho conhecido de Paulo Autuori, o zagueiro Edcarlos, que trabalhou com o treinador no São Paulo em 2005, quando conquistou a Libertadores e o Mundial de Clubes, destacou a forma do comandante trabalhar agora no Atlético. “Ele não mudou nada. Ele sempre foi um cara tranquilo, com esse perfil”, disse.