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Elenco volta a fazer diferença e ajuda Cruzeiro a conquistar o Mineiro

Do UOL, em Belo Horizonte

14/04/2014 06h30

Assim como já havia ocorrido no Campeonato Brasileiro do ano passado, o vasto elenco celeste mais uma vez fez diferença para o técnico Marcelo Oliveira e possibilitou ao clube a conquistar o título mineiro após dois anos. Com as atenções dividas entre Libertadores e Estadual, os 100% de aproveitamento do ‘time B’ fizeram a diferença na fase de classificação e permitiu ao time jogar com a vantagem na final.

Podendo jogar por dois empates, o Cruzeiro soube administrar a vantagem e um exemplo disso foi no jogo de ida, no Independência, quando teve uma postura mais cautelosa e saiu com empate sem gols que se mostrou um ótimo resultado para a equipe confirmar o título no Mineirão, com novo empate por 0 a 0 diante da torcida.

A vantagem só foi construída graças ao ótimo desempenho dos reservas, que conquistaram 12 pontos fundamentais para o time terminar a fase classificatória na primeira colocação. Priorizando a Libertadores, o técnico utilizou o ‘expressinho’ celeste em quatro ocasiões e a resposta foi positiva. O time venceu o América, por 2 a 0, o Boa Esporte, por 3 a 1, o Nacional, por 4 a 1, e a Tombense, por 3 a 0.

Além disso, o elenco permitiu ao técnico administrar o grupo e poupar jogadores importantes para os jogos da Libertadores, como o atacante Dagoberto e os meias Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, que mais de uma vez ficaram de fora das partidas do Estadual. As experiências no Mineiro com o time reserva possibilitaram o treinador ajustar o time e encontrar uma nova formação ideal.

Do time considerado titular e que entrou em campo neste domingo para faturar o título mineiro, três jogadores começaram a temporada como reserva. O lateral-esquerdo Miguel Samudio sofreu uma lesão logo em seu início pelo Cruzeiro, mas as partidas com a equipe ‘b’ no Estadual foram decisivas para ele conquistar um lugar na equipe na vaga de Egídio.

O mesmo aconteceu com o meia-atacante Júlio Baptista. Com o mau desempenho de Marcelo Moreno e a ausência de Borges, por lesão, o camisa 10 foi improvisado como centroavante diante do América-MG e da Tombense e agradou o treinador. Virou titular e jogou as últimas sete partidas da equipe.

O último a ganhar a vaga foi o volante Henrique. Ele aproveitou a brecha dada por Nilton, que foi suspenso na Libertadores, superou Rodrigo Souza e Souza na preferência do treinador graças às boas exibições no Estadual, e agora se firmou como titular no meio-campo ao lado de Lucas Silva.

Prova da força do elenco de Marcelo Oliveira é que neste domingo o treinador teve vários jogadores que já foram titulares no banco de reservas, como Willian, Borges, Marcelo Moreno, Luan, Mayke, Egídio, Léo, Souza e Nilton. Agora o time aposta neste plantel número para obter sucesso também em busca do tricampeonato da Libertadores e do tetra do Brasileirão.

O presidente celeste, Gilvan de Pinho Tavares, destaca a importância de manter um grupo grande e de qualidade. “Tem que ser grande assim mesmo, tem que ser um plantel bom desse jeito porque temos muitas competições para disputar e isso tem feito diferença, estou notando que outros adversários estão começando a cansar porque quando joga quarta e domingo as pernas não ajudam, mas quando tem um plantel à altura tira um jogador e põe outro e não diminui o ritmo”, observou.