Para melhorar, jogadores do Atlético-MG dizem que é preciso agredir mais
Passados os dois primeiros jogos da temporada, a sensação é que o Atlético-MG ainda não jogou bem. Algo aumentado pelo resultado no clássico. Perder para o Cruzeiro e jogando mal, deixa o clima de desconfiança no ar. Será que esse elenco caro e que não conquistou títulos em 2016 vai conseguir alcançar os objetivos em 2017?
A resposta é dada pelos próprios jogadores. Mesmo após o início de temporada bem abaixo do esperado, os atleticanos seguem confiantes. “Isso é por ser início de temporada. O trabalho que ele está propondo para a gente vai se desenvolver o mais rápido possível e vamos chegar fortes nas finais das competições”, explicou o goleiro Giovanni, peça de destaque nos confrontos com América, de Teófilo Otoni, e Cruzeiro.
E o fato de o goleiro atleticano ter trabalhado bastante nos primeiros jogos do ano é uma preocupação. Mesmo com mais posse de bola e com muito mais passes certos do que os adversários, o Atlético sofre bastante para criar jogadas ofensivas. Contra o América-TO foram 458 passes certos, um aproveitamento de 91%, mas apenas dez finalizações, sendo apenas três no rumo do gol. Enquanto o adversário ficou com a bola apenas 36% do tempo e conseguiu finalizar nove vezes, sendo duas no rumo do gol defendido por Giovanni.
Algo que se repetiu no clássico. Mais uma vez o Atlético teve mais posse de bola, 52% contra 48% do Cruzeiro, e trocou mais passes do que adversário, foram 364 passes certos, mais de 100 do que o rival. No entanto, foi o time celeste que chegou com mais perigo. Se a grande chance do Atlético no jogo se resumiu a bola alçada na área e não aproveitada por Felipe Santana, o Cruzeiro fez de Giovanni um dos principais jogadores do clássico.
O Atlético finalizou somente cinco vezes, duas no rumo do gol defendido por Rafael, enquanto a equipe do técnico Mano Menezes chutou 12 vezes, sendo cinco no alvo. Giovanni não conseguiu evitar o gol de Arrascaeta, mas fez grandes defesas nas tentativas de Alisson e Rafael Sóbis. Se alguns números já agradam, como posse de bola e eficiência na troca de passes, falta agredir mais o adversário. Mas não com violência, com finalizações, como ressaltou o goleiro Giovanni.
“A partir do momento que você não agride o adversário com finalizações, o adversário vem para cima e criar oportunidades. Isso é do futebol. A gente vai conversar. O trabalho do professor Roger tem sido excelente, acho que a nossa equipe falta um pouquinho para assimilar o trabalho. Vamos conversar para ajustar, pois o que o professor Roger está nos propondo é coisa de gênio. Então, se a gente conseguir colocar em prática, vamos conseguir conquistar os títulos”, disse o goleiro atleticano, que no clássico viu a falha na armação das jogadas, já que a bola pouco chegou até Lucas Pratto.
“No primeiro tempo nós não conseguimos envolver a equipe do Cruzeiro. Para o segundo tempo a gente conversou, melhorou, mas faltou acertar aquele último passe para a conclusão. A gente tem pela frente o tempo suficiente para trabalhar e crescer cada vez mais”.
Para ajustar o que ainda não funcionou, é preciso jogar. Pelo menos é a opinião do volante Rafael Carioca. De acordo com o camisa 5, falta ritmo de jogo ao Atlético para que os jogadores mostrem em campo o que foi treinado nas primeiras três semanas da pré-temporada realizada na Cidade do Galo. Então, nada de time reserva contra o Tombense, neste sábado, às 17h, em Muriaé.
“Não tem essa de revezar, a gente precisa jogar, para pegar ritmo de jogo. Foi nítido que a partir do meio do segundo tempo contra o Cruzeiro o time cansou, afinal são pouco mais de 15 dias de pré-temporada. Então precisamos jogar, os jogadores que estão chegando precisam jogar. Quanto mais jogar, mais rápido vamos entrosar”.
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