Corinthians antecipa e enxuga comemoração marcada pelo cansaço do elenco campeão

João Henrique Marques e José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo*

  • Leonardo Soares/UOL

    Jogadores do Corinthians fazem festa em trio elétrico com torcida durante carreta por SP

    Jogadores do Corinthians fazem festa em trio elétrico com torcida durante carreta por SP

O Corinthians encerrou sua festa de comemoração do título mundial um pouco antes do horário em que previa inicia-lá. Em uma carreata de cerca de duas horas, os jogadores provocaram rivais, acenaram para o público que os acompanhou pela zona norte de São Paulo e aparentaram bastante cansaço depois da longa viagem desde o Japão. Foi este, inclusive, a justificativa oficial do time para as mudanças no planejamento da festa. 

O passeio do trio elétrico começou no batalhão da Rota (batalhão especial da Polícia Militar), nas proximidades da avenida Tiradentes, na região central de São Paulo. Acompanhado por uma pequena multidão, o veículo foi lentamente até a praça Campos de Bagatelle, na zona norte, em um percurso restrito e que não atingiu as vias tradicionais de comemoração de São Paulo, como a avenida Paulista.

No ponto final do trajeto, os jogadores ainda aguardaram alguns minutos até entrarem no ônibus fechado que os levou de volta ao CT Joaquim Grava, na rodovia Ayrton Senna, para que eles encontrassem suas famílias. Toda a "saga" foi marcada pela mudança constante na programação que havia sido divulgada um dia antes pelos envolvidos.

Inicialmente, a previsão era de que o Corinthians passasse a manhã a caminho da Prefeitura, onde receberia uma homenagem do prefeito Gilberto Kassab. Somente às 12h o trio elétrico com o cantor Thiaguinho deixaria a concentração para a carreata, minutos depois, portanto, do horário em que ela, de fato, acabou.

Quem se programou para esse cronograma inicial se deu mal. Pela manhã, os envolvidos divulgaram que a ida à Prefeitura havia sido cancelada. Kassab se dirigiu até o batalhão da Rota e entregou, sob as câmeras dos helicópteros que registravam a cena, a placa ao presidente Mario Gobbi.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura negou que o combinado inicial fosse uma visita do Corinthians ao local de trabalho de Kassab. A informação, no entanto, havia sido divulgada anteriormente pela Polícia Militar e o próprio clube.

Sem compromissos pela manhã, o Corinthians não perdeu tempo e, às 9h30, iniciou a carreata bem antes do horário antecipado. Também por isso, o público foi bom, mas não chegou a impressionar como em outros momentos da trajetória do clube no Mundial, como no embarque e principalmente durante a competição, no Japão.

Para completar, o Corinthians ainda cancelou a parte final da carreata, que a princípio chegaria ao CT para um encontro com a torcida. Em nota oficial, o clube informou que o trio pararia, na verdade, na praça Heróis da FEB, de onde os jogadores sairiam de ônibus para o centro de treinamento. 

Mais tarde, outro "corte" surgiu quando o elenco encerrou o passeio na praça Campos de Bagatelle, alguns metros distante do ponto de encontro anterior. No fim, a ida ao CT foi fechada ao público, para que os jogadores pudessem encontrar seus familiares com privacidade.

O atacante Emerson, mesmo antes do Corinthians divulgar que o cansaço dos jogadores encurtou a festa, dava um panorama da situação dos jogadores. "No avião a gente falou de ficar uma hora e pouco e depois ir pra casa curtir as famílias. Mas aí seria injusto né? Teve gente que veio de muito longe, eles merecem", deixando claro o cansaço dos jogadores, que mesmo assim foram sempre solícitos com os torcedores. 

* Atualizado às 13h39

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