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Palmeiras teme perder embalo caso haja greve no Campeonato Paulista

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

07/02/2014 06h00

A comissão técnica do Palmeiras não vê com bons olhos a possibilidade de haver uma greve dos jogadores no Campeonato Paulista. A avaliação é de que o time poderia perder o embalo na competição. Com seis vitórias em seis jogos, a equipe alviverde largou muito na frente dos rivais e parece já ter encontrado o rumo no torneio.

Outro fator que preocupa em caso de greve é o ritmo de jogo para os reforços. O Palmeiras trouxe dez jogadores para esta temporada e tem feito um rodízio nas partidas para aos poucos ir dando condicionamento a todos. Uma parada seria prejudicial a esses atletas que buscam sua melhor forma. Principalmente o meia Bruno César, em quem Kleina deposita grandes esperanças.

Vale ressaltar que o Palmeiras enquanto instituição não se posiciona em relação a uma possível greve. Internamente, não existe também nenhuma determinação sobre o assunto. A questão de que a paralisação seria prejudicial é um fator que diz respeito somente ao desempenho do time dentro de campo.

A tendência é até mesmo a de que os jogadores seguissem uma determinação de greve no caso de ela ser articulada pelo Bom Senso FC, já que o goleiro Fernando Prass, líder e capitão da equipe, é bastante atuante no movimento. Porém, dentro do próprio Bom Senso não há certeza de que a greve, nesse momento, seria uma boa opção, conforme publicou o UOL Esporte.

Nas redes sociais, os torcedores do time do Palestra Itália compartilham da opinião da comissão técnica e há muitos comentários de palmeirenses dizendo que uma paralisação agora seria muito prejudicial ao time, que está em uma ascendente. 

O Corinthians está no centro da discussão, já que a paralisação seria uma resposta aos acontecimentos do último sábado, quando cerca de 200 torcedores invadiram o CT Joaquim Grava. Na última terça-feira, o elenco alvinegro divulgou uma nota oficial atacando a postura das organizadas e, de quebra, apoiando a greve.

A paralisação ainda depende de alguns fatores, como as respostas das entidades notificadas pelo sindicato e a participação dos jogadores de todos os clubes, inclusive os do interior. O ato poderia até mesmo ocorrer já na rodada deste final de semana.