Topo

Lesão de Guerrero expõe fragilidade do elenco do Corinthians

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

27/02/2014 06h00

Paolo Guerrero saiu de campo com dores no joelho direito, uma suspeita de lesão no menisco e a possibilidade de uma cirurgia no horizonte. Se perder o peruano, Mano Menezes terá de improvisar um centroavante em meio à briga por uma vaga no mata-mata do Campeonato Paulista, dificuldade que expõe a fragilidade atual do elenco alvinegro.

Hoje, o técnico não tem um camisa 9 de ofício no elenco além do próprio Guerrero, que pode ficar semanas sem jogar caso a lesão se confirme. Suas opções para o ataque são Romarinho, Emerson, Luciano e Paulinho, todos jogadores acostumados a poderem jogar pelos lados. Um deles deve ser a escolha de Mano.

“Falamos sobre isso nessa semana. Me questionaram sobre o Paolo, a má fase, e como eu encontraria soluções. Falei o que eu fiz hoje. Posso colocar o Romarinho para dentro, Emerson por fora, ou o Emerson por dentro e o Romarinho mais por fora. O Paulinho também faz a função, com características diferentes, mas faz. É assim, sem nenhuma invenção”, disse o treinador à rádio ESPN.

Só que o problema não está só em Paolo Guerrero, ou na função que ele cumpre. O Corinthians atualmente tem 29 jogadores em seu elenco profissional, mas faltam opções confiáveis em diversas posições. Essa escassez de recursos já foi detectada no ano passado, e ajuda a explicar as permanências de Danilo e Emerson no elenco, por exemplo.

Nos dois casos, o Corinthians cedeu aos desejos dos jogadores e assinou um contrato mais longo do que gostaria. Em meio à reformulação do elenco alvinegro, Emerson teve a chance de sair. O clube, porém, não poderia perder Alexandre Pato e o Sheik ao mesmo tempo.

Diante disso, optou por manter o segundo ao menos até o meio da temporada, para não deixar Mano Menezes órfão de um atacante. Com Danilo foi a mesma coisa. Com as saída de Douglas para o Vasco e as constantes lesões de Renato Augusto, o veterano era a melhor opção para o meio-campo, já que é versátil e pode substituir Jadson com qualidade.

Se não tivesse Danilo, Mano teria de contar com Rodriguinho, Zé Paulo e Cachito Ramirez, um trio que não inspira confiança no técnico ou na torcida.

Em outras posições, ao contrário, o Corinthians se sente mais à vontade para renovar o elenco. Paulo André, por exemplo, só foi liberado com tanta facilidade para a China porque o clube tinha Cleber ou Felipe prontos para assumir a titularidade. Da mesma forma, Ibson saiu porque poderia ser substituído por Bruno Henrique, que já estava contratado.