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Geração campeã do Mundial fica para trás com Mano Menezes

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

11/03/2014 06h00

A geração do Mundial de Clubes, que marcou época no Corinthians, está desaparecendo aos poucos. Depois de um ano de “sobrevida” com Tite, os 11 titulares que bateram o Chelsea em 2012 agora não ocupam mais que três lugares entre os escolhidos de Mano Menezes.

A formação com Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Danilo, Jorge Henrique, Emerson e Guerrero nunca mais foi repetida depois do 1 a 0 contra o Chelsea, em Yokohama. Gil é a explicação para o fenômeno, já que o zagueiro chegou da França e imediatamente tomou o lugar de Chicão.

Foi só o primeiro passo para a derrocada dos campeões. Tite usou de cinco a sete jogadores dessa formação ao longo do ano. Alessandro perdeu lugar para Edenílson no segundo semestre; Paulinho foi negociado; Danilo teve seus momentos de baixa; Jorge Henrique virou reserva e foi afastado; e Emerson brigou por vaga com Pato em toda a temporada.

Ainda assim, o Mundial ainda serviu de base para o último ano de trabalho de Tite. Com Mano, a história é bem diferente. O atual treinador do Corinthians só usou cinco dos 11 titulares de Yokohama uma única vez – contra a Ponte, Paulo André, Ralf, Danilo, Emerson e Guerrero começaram o jogo.

Sua média é de 3,23 dos campeões no time titular. Em três oportunidades, como foi no clássico contra o São Paulo, no último domingo, só puderam ser aplaudidos pela torcida antes do apito inicial.

A derrocada da geração é, de certa forma, planejada. Como o próprio presidente Mário Gobbi já afirmou, a chegada de Mano tem a ver com a reformulação pensada para a atual temporada. Paulo André, campeão no Japão, foi liberado para ir à China, e novos contratados tomaram lugar na equipe.

“O que já está se passando agora no Corinthians seria inevitável. Essa situação vem se arrastando há algum tempo. O Corinthians esperou bastante tempo o jogo que seria da reação. E ele não veio de forma convincente. Por isso que aconteceram trocas”, disse o presidente da equipe, há menos de um mês, quando tratou do assunto.

Nos últimos jogos, Fagner, Gil, Cleber, Uendel, Bruno Henrique, Jadson e Luciano têm sido titulares e sequer estavam no grupo que conquistou o Mundial. Contra o São Paulo, para piorar, quatro campeões ficaram no banco de reservas, e nenhum deles tem vaga garantida.

Fábio Santos é o maior candidato a retornar ao time quando voltar de lesão, embora Uendel tenha sido elogiado por Mano após o clássico. Guerrero é outro que, em boas condições físicas, deve ocupar uma vaga no ataque. Emerson e Danilo, porém, hoje são só opções de Mano Menezes. Titulares mesmo, só Ralf e Cássio.